sexta-feira, 8 de abril de 2011

PCdoB: fórum discute avanços e desafios das mulheres brasileiras

Acontece neste final de semana, em São Paulo, a reunião do Fórum Nacional Permanente do PCdoB sobre a Questão da Mulher. O espaço de discussão foi criado em 2007 — durante a 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher — e integra o estatuto do Partido, aprovado no 12º Congresso. O evento terá a participação de secretárias estaduais da Mulher e do presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo,que fará uma analise sobre a situação atual do governo da presidente Dilma Rousseff.

O fórum irá discutir as questões que serão levadas à 2º Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher — que acontece em outubro deste ano. Segundo a secretária Nacional do PCdoB da Questão da Mulher, Liège Rocha, também serão analisados os três desafios apontados na 1ª Conferência.

O primeiro desafio é no plano teórico de “superar a subestimação do sentido estratégico da luta contra a desigualdade entre gêneros e dar conta do engrandecimento do papel das mulheres na vida social, econômica, política e cultural”; o segundo visa “superar os impasses do movimento feminista constituído no país nas últimas décadas, que tendo dado passos avançados na conquista de direitos , em boa medida confinou-se corporativamente à luta específica”, pretendendo construir um projeto de atuação da corrente emancipacionista; e o terceiro desafio é organizativo e consiste em elevar “a participação da mulher na vida e nas instâncias partidárias, e aprofundar a luta pelos valores avançados contra a discriminação e a opressão de gênero, raça e etnia como forma de emancipação dos homens e mulheres comunistas”.

“Nossa ideia é fazer um balanço do período decorrido desde a 1ª Conferência, tomando por base o documento aprovado naquela ocasião, para vermos em quais pontos avançamos e onde podemos avançar ainda mais. Vamos colocar em discussão as alternativas para conseguirmos avançar nessa elaboração teórica dentro do Partido, englobando também todas as novas questões do movimento feminista”.

Liège antecipa que em relação ao desafio organizativo (ou de partido) houve avanços. “Conseguimos que todas as direções eleitas no processo de realização do Congresso e mesmo no Comitê Central do PCdoB atingissem os 30% de mulheres nas direções partidárias” afirma.

Segundo ela, o objetivo é chegar à 2ª Conferência com um documento que contemple também a nova realidade brasileira e o Projeto Nacional de Desenvolvimento. “A política do Partido sobre a Questão da Mulher já existe, mas queremos atualizar algumas questões e fazer avançar o debate – tornando-o ainda mais amplo. O próprio Renato Rabelo tem afirmado — em alguns seminários que nós realizamos sobre a questão da mulher — que o PCdoB é hoje o ‘partido da juventude e das mulheres’. Precisamos corresponder a essa questão”.

O fórum também vai discutir a sub-representação das mulheres nos espaços públicos de poder e decisão brasileiros. O PCdoB é hoje uma referência pelo fato de possuir, proporcionalmente, na Câmara Federal a maior bancada feminina. “Esse é um assunto que tem sempre que ser colocado na ordem do dia, tendo em perspectiva as eleições de 2012”.

A secretária Nacional da Questão da Mulher explica ainda que o fórum vai decidir aspectos sobre a atuação do PCdoB no 8ª Congresso da União Brasileira de Mulheres (UBM), em junho; no Congresso da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), que acontece em novembro, e na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, promovida pelo governo federal, em dezembro. “São três eventos grandes que acontecem no Brasil este ano. Precisamos estar fortalecidas para termos uma participação efetiva em todos eles”.


Da redação,
Mariana Viel

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