sábado, 7 de outubro de 2017

Vídeo: Melhores momentos da Conferência do PCdoB de Santos

PCdoB de Santos elege nova Direção

Com ato político, apresentação cultural e homenagem a histórico camarada, o PCdoB de Santos realizou sua Conferência Municipal no último sábado (30/09), que elegeu a nova direção e o novo presidente do Comitê Municipal, Thiago Andrade

Precedido por uma bela apresentação infantil
de dança da H&D Infinity e da bateria da UJS, a Conferência do PCdoB de Santos se iniciou com ato político, marcado pela presença do deputado federal Orlando Silva, a ex-presidenta da UNE Carina Vitral, o presidente do Diretório Municipal do PT, Bartolomeu Pereira de Souza, além da ex-presidenta do PCdoB Renata Bruno e do presidente do Sindest Santos, Fábio Pimentel.

Renata abriu afirmando que o PCdoB
funciona de maneira distinta de outros partidos, porque nele o debate é realizado das bases até a Direção Nacional. “É o partido que tem a possibilidade da expressão da opinião de todos, formando uma unidade de Norte a Sul do Brasil”. Ela explica que esse processo só é possível porque são realizadas conferências a cada dois anos, onde a são debatidos os rumos do partido na cidade, no Estado e no País. E se dirigiu à plateia: “Nós estamos felizes em ter vocês aqui, mas queremos que o partido cresça cada vez mais, que mostre que tem um projeto popular, em defesa do trabalhador, dos nossos direitos. E nomes para defendê-lo”.

Orlando Silva, que também é presidente estadual do PCdoB, agradeceu a presidenta cessante pelo trabalho dela também como coordenadora da Macrorregião, referindo-se às dificuldades de firmar o partido na Baixada Santista, onde os comunistas lançaram duas candidaturas próprias nos dois municípios de Santos e Guarujá. Orlando deu boas vindas aos novos filiados. “Vocês têm muito a nos ensinar. Para nós do PCdoB é fundamental aprender com a experiência daqueles que chegam, porque essa vivencia é muito importante para nos formar como uma organização política”, afirmou.

Candidata a prefeita em 2016, Carina Vitral considera que quando ela apresentou “um novo futuro para Santos” (mote da sua campanha), muita gente achou que não era o momento, porém, havia a certeza de que a hora do PCdoB dirigir essa cidade ainda chegará. “O PCdoB de Santos, quando se desafiou a apresentar candidatura própria, mostrou a sua cara para a cidade, mostrou que nós temos lado: é o lado do nosso povo. Acho que a Cidade entendeu que tem muito futuro pela frente”, opinou Carina.

O presidente municipal do Partido dos Trabalhadores, Bartolomeu Pereira de Souza saudou a realização dessa conferência e do processo do 14º Congresso como um todo. “É com muita satisfação e esperança que observo toda essa militância envolvida nos debates, sabendo que isso vai desembocar na continuação da resistência ao golpe que permanece, fortalecendo a resistência aos ataques contra os direitos da classe trabalhadora”, disse. Já Fabio Pimentel, brevemente, disse possuir grande perspectiva a respeito dessa nova fase do PCdoB em Santos, principalmente se ela já se inicia com uma conferência grande.

O camarada Orlando Silva comentou a importância dos direitos conquistados pelo povo brasileiro, que estão sendo ameaçados pelo presidente ilegítimo Michel Temer e qual é o papel do Congresso do PCdoB. “Nosso 14º Congresso é para pensar o que foi o último período, a realidade do Brasil, como fazer pra garantir direitos, para armar nosso povo para fazer uma luta mais forte em defesa da soberania do Brasil, da Democracia e dos Direitos Sociais”, afirmou.

Em seguida, a dirigente estadual do PCdoB, Julia Roland, fez uma apresentação das teses do 14º Congresso do PCdoB. O documento tem quatro eixos: Conflitos e tensões no mundo, ofensiva imperialista e luta dos povos; Balanço dos governos Lula e Dilma e avaliação do desempenho do PCdoB; Governo ilegítimo contra o Brasil e o povo; Fortalecer o PCdoB e elevar seu papel na resistência. Sinteticamente, ela abordou os principais tópicos do projeto de resolução, destacando a necessidade de construção de uma ampla frente social e política para enfrentar esses ataques ao povo brasileiro. “Mas para conseguirmos colocar em prática isso, precisamos ter um PCdoB mais forte e estruturado”, ressaltou Julia.


Homenagem

Após um breve debate sobre as teses, Renata Bruno agradeceu ao conjunto da Direção Municipal que ajudou a “plantar a semente” que agora começa germinar e crescer, enfatizando o trabalho coletivo do PCdoB. Esse foi o gancho para a homenagem ao camarada Frederico Lopes Neto, o Fred, que recebeu uma placa em agradecimento, gravado um poema de Thiago de Mello. “Digo para vocês que essa planta que brotou aqui é resultado de uma vida inteira de luta de camaradas abnegados, que foram da área de influencia do Partido quando ele ainda era clandestino. Que dedicaram sua vida ao nosso partido em diversas tarefas e ajudaram a conduzi-lo até agora na direção do PCdoB em Santos”, afirmou Renata. “O Partido é grato a este homem, que aguentou e ajudou a sustentar o partido em Santos quando tudo estava escuro”, refere-se a Fred, que deixa a Direção Municipal, mas continua ativamente na militância.

“Agradeço, sinceramente não esperava. Essa surpresa é até perigosa para quem operou o coração como eu”, brincou Fred. “Eu já não tenho as mesmas condições físicas e de saúde, mas vejo a juventude que está chegando e fico muito feliz. Os mais velhos têm que ir abrindo espaço para os mais novos. Mas vou continuar militando, dedicado a estudar a economia solidária, entre outros assuntos”, concluiu.

No balanço da organização da Conferência, Thiago Andrade informou que 124 pessoas assinaram presença, dentre os quais 74 delegados (filiados). Além disso, ele destaca que mais de 300 pessoas foram convidadas. Destas, 115 confirmaram presença, o que quer dizer o número de pessoas presentes foi superior. Segundo ele, há 81 militantes organizados nas 10 bases em funcionamento. Essas Organizações de Base reuniram-se 28 vezes durante o processo de conferência, tendo suas Assembleias de Base reunido 144 pessoas. Foram 159 novos filiados até então.


Nova direção

A nova direção municipal agora conta com 29 membros, incluindo o jovem e experiente camarada Thiago Andrade, na tarefa de presidente. Ele tem trajetória importante no movimento estudantil e na União da Juventude Socialista. “Espero poder honrar essa tarefa tão importante de presidir o partido em Santos, que foi presidido por grandes mulheres, como a Renata, e uma mulher muito especial, Lilian Martins, com quem tive a honra de conviver, militar e de aprender. Pretendo fazer jus a este legado de mulheres guerreiras que constroem diariamente nosso partido”.

“Firmo o compromisso de que nós vamostrabalhar juntos, coletivamente com a Direção, construindo nosso partidocotidianamente,buscando chegar ao nosso objetivo de disputar os rumos dessa cidade, de fazer Santos voltar a se alegrar. O que nos dá essa força são os 95 anos do PCdoB em defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro”, asseverou Andrade.



"Faz escuro mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.
Vem ver comigo, companheiro,
a cor do mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar
a cor do mundo mudar.
Já é madrugada,
vem o sol, quero alegria,
que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado
defendendo o coração.
Vamos juntos, multidão,
trabalhar pela alegria,
amanhã é um novo dia."

Thiago de Mello
 



Vermelho/SP, com texto de Carlos Norberto Souza e fotos de Agildo Nogueira Jr

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A controvérsia sobre a desigualdade de renda no Brasil


Editorial Portal Vermelho

Um estudo sobre distribuição de renda no Brasil, feito pelo instituto World Wealth and Income Database, levou alguns partidários do neoliberalismo de plantão a tentarem atacar uma conquista obtida pelo povo brasileiro na última década: a diminuição da desigualdade.

O caso do estudo do World Wealth and Income Database serve como uma luva para o debate. O estudo é realmente científico e seria leviandade tentar desqualificá-lo. Ele suscita um debate importante sobre os critérios usados quando se trata de distribuição de renda. E mostra, realmente, a extrema concentração que ocorre no Brasil, da renda e da propriedade.

A questão exige reflexões mais profundas. O estudo baseou-se em dados da Receita Federal brasileira, que incluem o conjunto das rendas provenientes do trabalho (salários) e também ganhos do capital (lucros, dividendos, aluguéis, juros, etc.).

Tradicionalmente se mede a concentração de renda, no Brasil, com dados do IBGE, que computam informações dadas pelos próprios entrevistados. E que quase sempre são formuladas em níveis salariais.

Os resultados variam, de acordo com o critério usado. Estudos com base em dados da Receita Federal levam em conta dados sobre renda, que incluem ganhos salariais e lucros do capital. E podem mostrar que a desigualdade não diminuiu desde 2003, como indica o estudo do World Wealth and Income Database, ou teve queda modesta. Mostram, como diz o economista Pedro Ferreira de Souza, do Ipea, que a redistribuição de renda que houve ocorreu entre os 80% mais pobres, “e não dos mais ricos para os mais pobres”. Esta é a limitação real do que aconteceu no Brasil e prejudicou muito as classes médias, embora tenha favorecido as camadas de renda mais baixa.

Há um aspecto muito importante, que precisa ser destacado – a diferença entre salários e rendimentos do capital. São coisas cuja natureza completamente diferente precisa ser destacada.

Esta diferença entre salários e rendimentos do capital ajuda a entender porque o estudo do World Wealth and Income Database pode dizer que não houve diminuição na desigualdade. Ajuda a entender como a redistribuição de renda realmente ocorreu no Brasil. Nenhum estudo pode negar que o aumento da fatia dos salários no conjunto da renda nacional cresceu. Ela passou de 45,2% em 1996 para 48,9% em 2007, e cresceu desde então, até começar a ser revertida depois do golpe que levou Temer ao poder, em 2016.

A melhoria da renda dos brasileiros se refletiu objetivamente na melhoria da qualidade de vida, e resultou na retirada de milhões de pessoas da situação de miséria e da eliminação da fome, que volta, sob Temer, a assombrar os lares mais pobres.

A mudança ocorrida gera, de fato, controvérsias. Não se pode negar o que é visível: a desigualdade encolheu na última década. Não da maneira mais forte como deveria ocorrer, que aprofundaria a democratização no país. E necessita, ainda, a realização da reforma tributária para superar o caráter concentrador de renda do injusto sistema de impostos existente, que é recessivo, privilegia os mais ricos e onera a população de menor renda.

Mas o encolhimento da desigualdade ocorreu. E refletiu a mudança objetiva vivida pelo capitalismo brasileiro, que passa – como em toda nação moderna – a depender muito de um mercado interno forte, que é fator e resultado da melhor distribuição da renda. E que hoje, depois do golpe de 2016, sob a hegemonia da especulação financeira com Temer e Henrique Meirelles, está sob ataque da ganância improdutiva do capital que vive dos juros.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

30/09: Conferência do PCdoB de Santos



Em defesa da Nação, da Democracia, do Desenvolvimento e dos Direitos Sociais, o PCdoB de Santos realiza no dia 30 de setembro sua Conferência Municipal, a partir das 14h, na sede do Sintrasaúde (Avenida Ana Costa, 70), ao lado da Igreja Coração de Maria). 


A conferência é a consolidação de um rico processo de debates nas organizações de base partidárias e com a sociedade acerca das teses do 14º Congresso do PCdoB e do nosso papel na cidade. 

Agora, em Santos, é momento de apontar os rumos da atuação dos(as) comunistas do PCdoB e eleger a Direção Municipal para o próximo período.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

UBM: Intolerânia é violência! Dispa-se do seu preconceito!

A intolerância religiosa é considerada um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana. O ato se manifesta em casos de violência física, como socos, apedrejamento, humilhações e isolamento social de pessoas, em negação da identidade religiosa por medo de represálias. Pesquisas feitas no Rio de Janeiro, registra que a maioria dos ofendidos são adeptos de religiões de matriz africana ou profissionais que abordam conteúdos dessas religiões em classe. 

Considerando esta informação temos muito pouco em políticas públicas no país que contribuam para avançar nesta questão, a referência é à Política Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, que atentam para as religiões de matriz africana. Em especial neste caso isso se fortalece muito através do discurso da Democracia Racial, importante lembrar a origem cultural que nasceu e sobrevive o racismo e o preconceito, instrumentos sociais de segregação de toda a sorte, especialmente da contínua redução das religiosidades dos negros e de suas herdeiras em ações do mal, "negras” na magia, nas intenções e na fé. 

Infelizmente no momento atual o Direito a liberdade de crença está sendo violado. Recentemente nos deparamos com cenas de repetidas provas do quão perverso é a Discriminação. O Rio de Janeiro tem sido palco de atos desumanos de Intolerância religiosa. São pessoas que em nome de sua “FE”, entre aspas, pois a fé não tem e nem deve ter nenhuma correlação com a violência, mas infelizmente são palcos do fundamentalismo que gerou na história do mundo, muito derrame de sangue muita tortura e muita dor, com a exemplo do Holocausto. 

Os terreiros de Religiões de Matrizes Africanas, vem sendo atacados cruelmente demonstrando o quanto a fragilidade e a inabilidade de um governo, na manutenção da cidadania reconhecendo o seu dever de garantir a Laicidade de Estado. 

O momento desmedido de tanta transgressão com a supressão de direitos essencialmente humanos, que foram conquistados as duras penas, levam a barbárie. Estamos no início de uma convulsão social aonde gerou-se subliminarmente uma falsa sensação de impunidade. 

Ao par e paço que o Governo Federal se desmantela perante a sociedade com tantas denúncias, mostra com a falta de ações práticas, a sua inabilidade para com a Responsabilidade Social e gerenciamento humano de nosso Brasil, reverberando diretamente nas condutas que deveriam ser defendidas como o Estado Laico e o direito da liberdade de expressão, seguido do dever constituído de oferecimento da cidadania. 

Nunca foi tão atual a frase de Simone de Beauvoir é um alerta certeiro: “nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. ” Sim pois o perfil da crise é exaltar todas estas questões que em maior profundidade é em nós que resvala. A violência apresentada com as mães de santo, a forma da humilhação também vinculada a questão de gênero e imbuída em inúmeros casos a questão da identidade sexual e de raça, mostra o retrocesso conservador tentando preencher os espaços que o povo ainda não se deu conta, mas que está aberto. 

O desafio aqui é sucumbir a ignorância, mas não teremos real possibilidade com um pais sem freios, e o freio, não pode se dar pela condução armada das forças militares como foi em um passado não muito distante, e sim, pela manifestação pública e democrática das Diretas Já. A organização social em todos os seguimentos, neste caso das Religiões de Matrizes Africanas devem ser apoiados urgentemente, por todos os setores que defendem a Justiça Social pelo pressuposto do Direito Humano. Precisamos retomar as rédeas do Estado Democrático de Direito, só assim poderemos continuar avançando sobre a implementação das políticas de prevenção, defesa e punição (legal) das violências sociais como Intolerância Religiosa, Racismo, Homofobia e Violência Contra a Mulher. 

A Constituição Federal estabelece que a liberdade de crença é inviolável, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos, o texto constitucional determina que os locais de culto e suas liturgias sejam protegidos por lei. A LEI 9.459, DE 1997, CONSIDERA CRIME A PRÁTICA DE DISCRIMINAÇÃO OU PRECONCEITO CONTRA RELIGIÕES. 

Sendo assim a pasta de Combate ao Racismo da União Brasileira de Mulheres, se coloca e chama a todas e todos, para a luta contra a Intolerância Religiosa, solidariza-se com todas e todos ofendidos e ofendidas, no seu direto de exercício de liberdade religiosa. Estamos juntas, e solidarias as mães de santo e pais de santo, que foram perversamente violentados. 

“SE NÃO DER PRA SER AMOR QUE SEJA PELO MENOS RESPEITO” 

Por Nenhum Direito a Menos. 

Combate ao Racismo - União Brasileira de Mulheres - UBM

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Centro dos Estudantes de Santos elege nova direção

Fundado em 1932, o Centro dos Estudantes de Santos (CES), histórica entidade estudantil da Baixada Santista, possui nova direção. Foi eleita, no domingo (17), a chapa 'CES com a força do estudante'.
Foto: Willians Pereira

Na segunda-feira (18), o recém-eleito presidente, o estudante de economia Caio Yuji de Souza, 19 anos, falou à Tribuna Cidadã da Câmara de Vereadores de Santos, onde afirmou que a nova gestão pretende se fazer presente nos espaços públicos de debate da região (confira em: http://tv.camarasantos.sp.gov.br/). 

Também vice-regional da UEE-SP, Yuji relatou que, desde o início deste ano, o movimento estudantil participou de diversas atividades como a Bienal e o Congresso da União Nacional dos Estudantes, o Congresso da União Estadual dos Estudantes de SP. Foram, segundo ele, atividades essenciais na formação do senso político dos estudantes da região, especialmente, no momento atual de negação à política. “Nós estudantes que pensamos a política como meio de transformar nossa realidade, construímos um congresso que perpassou mais de 15 universidades, em um processo que alcançou cerca de 2800 estudantes”, afirmou. 

 A nova gestão tem o objetivo de tornar o CES outra vez influente, propondo-se a marcar presença em todos os espaços públicos de debate sobre a região. Segundo Yuji, o primeiro ato da gestão será realizar um Conselho Metropolitano de Entidades (CME) para apresentar o planejamento da nova direção e debater uma nova perspectiva para os estudantes da região da Baixada Santista. 

ConCES 2017 

O Congresso do CES reuniu, no domingo (17), estudantes de 15 instituições de ensino superior da Baixada Santista, mais de 14 entidades de base, 65 delegados e mais de 100 estudantes para debater o futuro do movimento estudantil do CES, a entidade mais antiga em funcionamento do País.

Compuseram a mesa de debates as presidentas da UEE-SP e do DCE Fatec, Nayara Souza e Bia Aragão, o diretor de Universidades Públicas da UEE SP, Ergon Cugler, a ex-secretária geral da diretoria cessante, Wellida Gonçalves, e o antigo presidente do CES, Marcelo Arias. 

O ex-presidente do CES, Tarcisio de Andrade, tenta deslegitimar o processo – no tapetão – por meio de ação judicial em nome da ex-diretoria, envolvendo os demais integrantes sem o aval deles. Seis dos dez ex-diretores restantes já assinaram carta de repúdio a esta ação isolada, defendendo a legitimidade deste ConCES. Em outra atitude controversa, o ex-presidente também se recusou a entregar as chaves da histórica sede da entidade, impedindo que o congresso fosse realizado em seu lugar de direito, o que obrigou os estudantes a usar o auditório da subsede da Apeoesp. 

No dia 15, antes do Conces, a Comissão Metropolitana de Credenciamento e Organização - COMECO, eleita dia 13 de maio de 2017 pelo Conselho Metropolitano de Entidades (CME) para os fins de organização, credenciamento e coordenação dos trabalhos do Congresso do Centro dos Estudantes de Santos e Região - ConCES 2017 divulgou nota afirmando a lisura do processo e recriminando o comportamento do ex-presidente do CES (confira em: http://bit.ly/2hgFpKf).

Vermelho/SP, com texto de Carlos Souza

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

PCdoB de Santos lança tese do 14º Congresso na Casa Fórum

Nesta quarta-feira (13/09), a partir das 18h30, será realizado lançamento público da tese do 14º Congresso do Partido, com a realização de debate com o tema "Frente ampla e os desafios da unidade", a partir das 18h30, na Casa Fórum (Rua Primeiro de Maio, 57 - Aparecida, em Santos)

A apresentação do projeto de resolução política ("Frente Ampla: Novos Rumos para o Brasil) cabe ao jornalista Altamiro Borges, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa "Barão de Itararé". 

Contribuem para enriquecer este debate de ideias, o jornalista Renato Rovai (editor da revista Fórum), e o deputado constituinte de 1988, Koyu Iha. Já a mediação fica por conta de Carina Vitral, candidata a prefeita pelo PCdoB em 2016. 



O PCdoB de Santos coloca ao debate público suas análises e propostas para o Brasil superar a crise, buscando também ouvir opiniões diversas, por meio deste evento que antecede a Conferência Municipal do PCdoB na Cidade, que indicará os rumos do partido para o próximo período.


Confirme presença: 



Organizações de Base se preparam para Conferência Municipal do PCdoB em Santos

terça-feira, 29 de agosto de 2017

A movimentos sociais, Renato Rabelo enfatiza saída política para a crise


A reunião ampliada do Fórum de Movimentos Sociais do PCdoB lotou o auditório do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, no centro de São Paulo, com representantes de 22 entidades do movimento de mulheres, negros e negras, juventude, LGBT, estudantis, sindicais, de moradia, da saúde e da educação, assim como lideranças estaduais de movimentos sociais e dirigentes do PCdoB.

Na parte da manhã, o presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, fez uma apresentação dos principais temas do projeto de resolução ao 14o. Congresso do PCdoB, que ocorrerá entre 17 e 19 de novembro, em Brasília (DF). Ele enfatizou, ao final, a necessidade de compreensão de que a saída para a turbulenta crise que atinge todos os âmbitos da sociedade brasileira, só pode ser política. Ele observa que há intelectuais de esquerda apresentando saídas econômicas, que, segundo ele, não atacam o que o golpe tem de essencial, que é o desmonte institucional da política e da democracia.

Fonte: TV Grabois

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Base da Educação do PCdoB Santos formará núcleo da Fundação Maurício Grabois


Neste domingo (27), nossos quadros da OB da Educação também promoveram sua Assembleia de Base, em que realizaram um profícuo debate acerca do projeto de resolução do 14º Congresso do PCdoB e a perspectiva de atuação dessa Base. 

Deste debate, concluiu-se pela necessidade de formar um núcleo da Fundação Maurício Grabois, instrumento fundamental na disputa política através do campo da ideias, marxista, progressista e democrático, tendo-se em vista o esforço partidário de construção de uma ampla frente de lutas.


Assembleia de Base debate documento do 14º Congresso e organização do PCdoB na Zona Noroeste

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

14º Congresso: Conferência Municipal do PCdoB Santos será realizada no dia 16 de setembro

Nos tempos difíceis que vivemos, em que a democracia, o Estado de direito, a soberania nacional e os direitos dos trabalhadores são desmontados, o 14º Congresso do Partido Comunista do Brasil tem uma importância fundamental. 

Em vídeo gravado após reunião do Comitê Central do PCdoB (09/07), que deu o “pontapé inicial” do processo de mobilização do 14º Congresso, a presidenta nacional do Partido, Luciana Santos, afirma que este período deve ser de amplo debate para fortalecer o partido e apontar saídas para o futuro do país.

Durante o processo, serão convocadas Assembleias de Base, Conferências Municipais e Estaduais, etapas anteriores à Plenária Nacional do 14º Congresso, que debaterão o projeto de resolução política nacional e as propostas de mudanças no Estatuto partidário (ambos apresentados pelo Comitê Central). São momentos de realização do balanço da atuação do Partido, estabelecido o número de dirigentes e a eleição de seus membros da direção do órgão partidário, além de elegerem delegados(as) para as Conferências seguintes.

O Comitê Municipal do PCdoB de Santos, formado pelos membros da Direção Municipal, convocou sua Conferência Municipal para o dia 16 de setembro, ocasião em que haverá renovação da direção e definição dos rumos do PCdoB na Cidade para os próximos dois anos.

Em Santos, o processo de construção da Conferência Municipal contará com Assembleias de Base e lançamentos públicos das teses do partido por meio de debates com movimentos comunitários, moradia, ambientais, intelectualidade e setores políticos da Cidade, dentre outros segmentos. Há o esforço combinado de novas filiações, recadastramento e estruturação, ampliando a influência dos comunistas. 

Entre outros, o Comitê Estadual do PCdoB de São Paulo já convocou a 18º Conferência de São Paulo, que será realizada nos dias 21 e 22 de outubro, na Capital. Acima de tudo, trata-se de um processo democrático de construção e avaliação coletiva da política partidária, crítica e autocrítica, indicação ou correção de rumos.

O projeto de resolução do 14° Congresso do PCdoB, denominado Frente Ampla: novos rumos para o Brasil – democracia, soberania, desenvolvimento, progresso social, tem quatro eixos: Conflitos e tensões no mundo, ofensiva imperialista e luta dos povos; Balanço dos governos Lula e Dilma e avaliação do desempenho do PCdoB; Governo ilegítimo contra o Brasil e o povo; Fortalecer o PCdoB e elevar seu papel na resistência.

Conclamamos toda a militância do PCdoB de Santos a participar desse processo que começa nas Assembleias de Base, passa por nossa Conferência Municipal e culmina no Plenário Nacional. Leia o documento e debata nas Organizações de Base, com amigos(as) e simpatizantes. O projeto de resolução política está disponível no site do PCdoB (link).
   
O 14º Congresso do Partido Comunista do Brasil – PCdoB, em Plenário Nacional, será realizado nos dias 17, 18 e 19 de novembro de 2017, no Auditório do Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília – DF.

Quem participa?

Filiados(as) e militantes podem e devem participar por meio de: 1) Assembleias de Base; 2) Conferências de Comitês Distritais; 3) Conferências Estaduais e do Distrito Federal; 4) Plenário Nacional do 14º Congresso, caso eleitos(as) delegados(as). Ou em Assembleias de Coletivos, Jovens Comunistas e Plenárias de Filiados e Militantes do município.

Para ter direito a eleger e ser eleito é obrigatório para o membro do Partido estar em dia com a contribuição financeira ou já estiverem solicitado a Carteira Nacional de Militante (CNM), através do SINCOM Digital, no PCdoB Digital, disponível no Portal do PCdoB (www.pcdob.org.br) ou no Aplicativo.

Os participantes do 14º Congresso deverão se cadastrar e recadastrar no PCdoB Digital, cujo total de filiado(as) e militantes cadastrados determinarão o número de delegado(as) de cada estado e do Distrito Federal para o Plenário Nacional, junto com a participação em pelo menos um evento do 14º Congresso. O recadastramento poderá ser feito até a data das Assembleias de Base e Conferências Municipais, inclusive durante a realização delas.

Assembleias de Base, Plenárias de Filiados e Militantes, Assembleias de Coletivos e de Jovens Comunistas

A direção da Organização de Base (OB), ou a maioria de seus membros, convocará a Assembleia de seus filiado(as) com antecedência mínima de 7 dias, com ampla divulgação, podendo ser convidados simpatizantes, eleitores e amigos(as) do Partido, com direito a voz. A direção deve elaborar um Relatório da Assembleia de Base.

As Organizações de Base e os Coletivos deverão eleger um Secretariado, com um mínimo de três secretários(as), sendo um(a) deles(as) o Secretário Político, e outro(a) um(a) responsável pelas Finanças, para dirigir o trabalho de intervenção política e de estruturação partidária nos planos político, ideológico e organizativo.

As Conferências Municipais, Estaduais e o Plenário Nacional do 14º Congresso serão formados por delegados(as) eleitos(as), com direito a voz e voto, pelas instâncias que lhes são precedentes, e ainda pelos(as) dirigentes do seu respectivo Comitê.


De acordo com as normas congressuais, ou seja, as regras de organização do próximo congresso, os Comitês Estaduais devem fazer ampla divulgação nos órgãos de comunicação partidária, impressos e digitais, bem como fixar o Edital nas sedes dos Comitês Estaduais e dos Comitês Municipais do Partido. As normas do congresso podem ser conferidas na íntegra no site do PCdoB: https://pcdob.org.br/documentos/resolucao-012017-do-comite-central-do-pcdob/

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

17/08: Lançamento do Fórum Social da Baixada Santista


Lançamento do Fórum Social da Baixada Santista (FSBS ) será realizado nesta quinta (17/08), às 19 horas, na Unisantos – Av. Conselheiro Nébias, 300.
Programação:
19h – Performances Artísticas: Márcio Barreto e Grupo VOZES do Sindicato dos Bancários de Santos.

19h30 – Abertura dos trabalhos – Apresentação dos objetivos, justificativas e programação do evento por Celio Nori - Sociólogo e Coordenador Técnico do Fórum da Cidadania de Santos
20h – Painel sobre a Conjuntura Nacional e seus reflexos na Baixada Santista – debatedores convidados: Ladislau Dowbor - Economista, Professor da PUC-SP, autor de vários livros e Consultor da ONU e Sérgio Sérvulo da Cunha - Jurista – ex. Vice-Prefeito de Santos e autor de vários livros, que abordará as questões da Baixada Santista.
21h – Intervenções do Público
21h30 - O professor Ladislau lançará o livro "A Era do Capital Improdutivo".
22h - Encerramento do evento


Fonte: Fórum Social da Baixada Santista

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

PCdoB Santos convoca Conferência Municipal: 16 de setembro

Processo será de construção, fortalecimento e apresentação de projeto político concreto para a cidade

Foto após reunião da Direção Municipal na sede do PCdoB na Zona Noroeste

No domingo (30/07), o Comitê Municipal do PCdoB de Santos, formado pelos membros da Direção Municipal, convocou sua Conferência Municipal para o dia 16 de setembro, ocasião em que haverá renovação da direção e definição dos rumos do PCdoB na Cidade para os próximos dois anos.

Em Santos, o processo de construção da Conferência Municipal contará com Assembleias de Base e lançamentos públicos das teses do partido por meio de debates com movimentos comunitários, moradia, ambientais, intelectualidade e setores políticos da Cidade, dentre outros segmentos. Há o esforço combinado de novas filiações, recadastramento e estruturação, ampliando a influência dos comunistas. 

Representando a direção estadual, a secretária da Mulher Julia Roland fez uma intervenção em torno da avaliação do PCdoB sobre a situação política nacional e o balanço do último período, expressos de forma aprofundada nas teses para o 14º Congresso. Ela ressaltou que o debate dos documentos congressuais pelo coletivo partidário é fundamental ao exercício de sua democracia interna.

presidenta municipal do PCdoB, Renata Bruno, afirmou: “Neste momento de retração política, vivemos a necessidade de pensar qual papel esse partido desempenhará a partir de agora, qual força política seremos nesse país". Ela enfatizou que precisamos ter política internacional, nacional, estadual, municipal e local, com um enraizamento popular permanente, ‘linkando’ as diferentes dimensões da realidade. 

Segunda colocada na eleição passada à Prefeitura, a ex-presidenta da UNE Carina Vitral, considera que a Conferência Municipal é uma "oportunidade única" de mostrar o projeto político do PCdoB, pensar a atuação dos comunistas de forma estratégica, complementando e aprofundando a apresentação de uma nova liderança política própria.

Renata Bruno salientou que o anticomunismo só se combate com vida real, com as pessoas conhecendo os comunistas como pessoas que estão ao lado delas na luta pelo básico. "Nossa responsabilidade está na batalha em torno desses campos, principalmente na disputa do discurso: a gente tem que conquistar ‘corações e mentes’, para lutar tanto contra as enchentes aqui na Zona Noroeste quanto pelo Socialismo no mundo”, apontou. 

“Se bem construído e com projeto político claro, o PCdoB pode alçar voos para assumir o protagonismo da esquerda na cidade e, quiçá, algum dia, dirigi-la politicamente, sendo o processo de Conferência a oportunidade de apresentar nosso partido para muita gente. Apesar das adversidades, há um lastro para avançar em Santos com projeto político, agenda e estruturação partidária para dar conta desses desafios”, acredita Carina.

14º Congresso do PCdoB

Esta conferência municipal faz parte do processo nacional do 14º Congresso do PCdoB. Durante o processo congressual serão convocadas Assembleias de Base, Conferências Municipais e Estaduais, etapas que antecedem a Plenária Nacional, que será realizada em novembro, quando culminará o processo de debates sobre o projeto de resolução política nacional e as propostas de mudanças no Estatuto partidário, indicando os rumos do PCdoB, no próximo período, em nível nacional.

terça-feira, 18 de julho de 2017

PCdoB/SP debate documentos congressuais e convoca Conferência Estadual

Nádia destaca trechos da Resolução Política Nacional.


Orlando Silva, presidente estadual do Partido, foi o responsável pela atualização política. Para ele, a economia não ‘anda’ e o país está estagnado devido a políticas econômicas inconsistentes. O único índice que aumenta é o do desemprego, com números que em algumas regiões retomam o cenário desolador dos anos 2000.

Sobre a reforma trabalhista aprovada no Congresso e sancionada, ele considera que faltou força no parlamento para barrá-la. “São medidas regressivas que restringem direitos e transferem os problemas para os trabalhadores em benefício dos patrões”, avalia. Orlando reforça a tese partidária que a saída para a crise está na construção de uma frente ampla contra o campo conservador.

Nádia Campeão apresentou o projeto de resolução do 14° Congresso do PCdoB, denominado Frente Ampla: novos rumos para o Brasil – democracia, soberania, desenvolvimento, progresso social. O documento tem quatro eixos: Conflitos e tensões no mundo, ofensiva imperialista e luta dos povos; Balanço dos governos Lula e Dilma e avaliação do desemprenho do PCdoB; Governo ilegítimo contra o Brasil e o povo; Fortalecer o PCdoB e elevar seu papel na resistência. Nádia destacou alguns pontos, num trabalho de síntese muito elogiado. Na sequência, os dirigentes entraram em um debate sobre o documento e sua importância neste momento de crise no Brasil. A construção da frente ampla foi um dos temas mais abordados.

Foi sugerido aos dirigentes municipais que realizem atividades de lançamento das teses do Congresso em suas cidades. Quem participou da reunião recebeu modelos do edital, da ata e do relatório das reuniões de base; que serão encaminhados posteriormente aos diretórios municipais.

O secretário estadual de Organização, André Bezerra, apresentou as propostas de alteração no Estatuto do Partido, que serão discutidas no processo do Congresso. Após um breve debate, Rovilson Britto, vice-presidente estadual, fez a leitura das normas para a conferência estadual e o congresso nacional. Ele também apresentou a proposta de criação de um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), não deliberativo, encarregado de encaminhar as discussões e filiações para a construção da chapa nas eleições de 2018. O grupo ficou composto por Nádia Campeão, Rovilson Britto Fernando Borgonovi, Davi Ramos, André Bezerra, Rodrigo Carvalho e Roberto de Oliveira.

Nivaldo Santana fez uma saudação em nome do Comitê Central do PCdoB, e foi aprovada a divulgação de uma moção de solidariedade ao ex-presidente Lula que tem sofrido uma série de ataques e foi condenado em um processo que carece de provas.

Ao final da reunião, Julia Roland foi eleita para assumir provisoriamente a secretaria da Mulher até a eleição da nova direção estadual na Conferência. Ela substitui Gislaine Caresia que se afastou do Partido por motivos pessoais. 

14º Congresso: a saga comunista que se renova

“Seu Partido acabou” esbravejou o estúpido e feliz agente do Doi-Codi da rua Barão de Mesquita, no Rio, quando lá cheguei em 17 de dezembro de 1976, logo depois de ser preso em São Paulo, na Chacina da Lapa. As torturas começaram em seguida.

Haroldo Lima*


 


Três anos após, ao sair da cadeia nos braços da anistia, o Partido estava lá, clandestino, pequeno, mas vivo. Audaz no aproveitamento das oportunidades, conquistou a legalidade em 1985, e então assumi a Liderança da pequena mas ardorosa bancada comunista na Câmara Federal. O partido que “acabou”, crescia.

Reveses aconteceram, vários. Um deles parecia fatal. A extinção, em 1989, da União Soviética, e com ela o desaparecimento de todo o campo socialista do Leste europeu. Realmente tinha-se a impressão que o socialismo chegara ao fim. Um autor americano, famoso e apressado, correu e publicou logo um livro, “O fim da história”. Um sucesso. Foi um tempo difícil: partidos comunistas mudaram de nome, de programa, de cor, de símbolo.

Mas nem todos. Entre os que não sucumbiram, havia um que contava com algumas dezenas de milhões de filiados, o Partido Comunista da China. E um outro não tão grande, mas do mesmo naipe e mesma idade, o Partido Comunista do Brasil.

O tempo mudava o mundo, alterava tudo, cobria “o chão de verde manto que já coberto foi de neve fria". Quem não mudasse com o mundo mutante e não encontrasse as veredas do novo existir, cessava a busca do futuro incerto, não tinha chance de sobreviver, perecia.

E foi assim que a China vislumbrou caminhos novos para continuar sua construção socialista, ajustando-se aos novos tempos a às condições chinesas. Enveredou por aí e teve enorme sucesso. O “fim da história” gorou.

Os comunistas do Brasil também enxergaram sendas nunca dantes transitadas. Engajaram-se em um movimento que levou um operário à presidência da República em 2002 e deliberaram participar do governo por ele formado, uma inovação no comunismo.

E o Partido que "acabou" em 1976, e que não tinha mais o que fazer com o “fim da história”, em 1989, projeta-se com deputados, prefeitos, presidentes de agências reguladoras nacionais, governador, ministros e chega a ocupar a Presidência da Câmara e até Presidência da República. Mas, não foi só.

Participa da criação de uma Central de Trabalhadoras e Trabalhadores, da organização de uma série de entidades democráticas e populares, da aglutinação da mocidade na União da Juventude Socialista, e da continuidade combativa da União Nacional dos Estudantes e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

Agora, em 9 de julho de 2017, o PC do Brasil convocou o seu 14º Congresso Nacional, a ser realizado em novembro. A saga comunista se renova.

Um Projeto de Resolução foi aprovado para nortear os debates que se seguirão. Servirá como base para uma reflexão sobre a prática política no Brasil nos últimos anos. Fala da realidade viva, realça vitórias conquistadas, aponta debilidades e erros, faz críticas e autocríticas. Refere-se à situação do mundo e do Brasil.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Revolução Sandinista: Associação José Martí promove roda de conversa nesta quarta (19/07)


Porque a direita teme a eleição de 2018



Em toda a história republicana o Brasil nunca viveu uma crise semelhante à atual, caracterizada pelo maior e mais profundo divórcio entre o governo federal e o conjunto da nação

 Os brasileiros não se reconhecem neste governo federal, que não elegeram. E, pior que isso, não há nenhum outro elemento que dê legitimidade ao usurpador Michel Temer e sua turma. 


Há, antes, a percepção, que se generaliza, de ser um governo golpista que age contra os interesses dos brasileiros e da nação, promovendo um enorme ataque contra a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional.

Há apenas um setor que se sente contemplado pelas “reformas” reacionárias e as medidas anti-democráticas e antinacionais do governo golpista - o setor financeiro e seus propagandistas e ideólogos. 

Esse apoio é revelado na entrevista que o economista neoliberal Armínio Fraga deu ao jornal Valor Econômico, nesta quarta-feira (12). Nela, o cardeal tucano revela as apostas e inquietações da direita neoliberal. Neste momento, diz a preocupação mais importante não é com a economia – “o mais importante é que as instituições funcionem” diz, esperando que consigam resolver “a crise política e moral” sem apelar para a economia. Isto é, mantendo as “reformas” reacionárias e neoliberais que o governo golpista já fez. "Se houver perda de credibilidade nas instituições porque elas estão agindo de forma errática, será mais grave", disse.

Ele defende as “reformas” reacionárias, trabalhista e previdenciária, da dupla Michel Temer/Henrique Meirelles; radicaliza em relação às privatizações e acha que o governo deve se desfazer de todas as empresas estatais (entre elas a Petrobras e o Banco do Brasil), e quer a manutenção da equipe econômica, dirigida por Meirelles, num eventual governo que substitua o ilegítimo Michel Temer. 

Para ele, se a política vai mal, a economia está bem devido às medidas já adotadas por Temer.

Mas, pensa, há algo que ainda atrapalha a recuperação da economia – a perspectiva da eleição de 2018, que suscita os temores da direita. Eleição que, sabem, será difícil de ganhar com seu programa antipopular e antinacional; seu resultado, pensa o economista neoliberal, pode ser a eleição de um presidente que mude a “boa economia” do governo ilegítimo – boa para os especuladores financeiros, faltou dizer. E descambar “para algum tipo de populismo”, e isso seria “trágico”, diz.

Ele descreve, com clareza – e lado! – o conflito de classes vivido hoje pelos brasileiros: escolher entre o radical e nefasto neoliberalismo defendido pela direita e pelo setor financeiro, e o que chama de “populismo” de um governo que possa restaurar as conquistas do período Lula/Dilma e as aprofunde, consolidando a democracia, o respeito aos direitos do povo e dos trabalhadores, e a soberania nacional. 

Armírio Fraga tem razão – a disjuntiva que descreve é real e em 2018 o Brasil pode de fato restaurar a democracia (chamada por ele, com desdém, de “populismo”), e derrotar mais uma vez o lado da luta política que ele defende – o da rica e poderosa especulação financeira.

*José Carlos Ruy é jornalista e escritor.

Fonte: Portal Vermelho

sábado, 15 de julho de 2017

Frente Brasil Popular: Plenária nacional busca ampliar forças

Nos dias 18 e 19 de julho o coletivo nacional da Frente Brasil Popular (FBP) se reúne em São Paulo para aprofundar o debate sobre a crise brasileira, Diretas Já e os fatos recentes: Tramitação na Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer, a condenação do ex-presidente Lula na Lava Jato e a sanção da Lei 13.467/2017 que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desequilibrando em favor dos empresários a relação trabalhista no país.


 

A expectativa para a plenária nacional é que se concretize a convocação da 2ª Conferência Nacional da FBP e de um Congresso do Povo para 2018. Estarão presentes em São Paulo representantes dos 27 estados brasileiros e pelo menos dois representantes de cada entidade que integra a frente. Atualmente quase cem entidades fazem parte da FBP.

Portal Vermelho entrevistou nesta quinta-feira (13), Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB e integrante da Frente Brasil Popular, que reafirmou a importância do fortalecimento da Frente como um instrumento de resistência à nova ordem que se estabeleceu pós-golpe.

Ao mesmo tempo em que buscam fortalecer a existência da Frente, os movimentos sociais e sindicais mantém a agenda de protestos no país em defesa da democracia. Para o dia 20 de julho está programado o Dia Nacional de Mobilização contra a condenação sem provas do ex-presidente Lula e em defesa do estado de direito e da democracia. 

Nova ordem autoritária, liberal e neocolonial



Na opinião de Walter (foto), o Brasil vive hoje uma nova ordem política, econômica e social que desfaz as conquistas da Constituição de 1988. “Os agentes do golpe se aproveitaram da crise política e econômica e nas condições criadas por eles implementaram rapidamente essa ordem no país”.


“Uma ordem liberal, autoritária e neocolonial, ou seja, aumenta o grau de dependência do país”, concluiu Walter. Criada em 2015 para denunciar o golpe em curso, a FBP tenta dar um salto na própria organização para criar musculatura para enfrentar esse retrocesso. 

Nova CLT e mais ataques à democracia

A nova conjuntura adversa traz uma nova CLT. “A sanção da reforma trabalhista foi um crime contra os trabalhadores. E acho que uma das bandeiras da Frente deverá ser reunir forças para a revogação dessas medidas, aprovadas na calada da noite sem discussão com os trabalhadores e a sociedade”.

Walter também comentou a condenação do ex-presidente Lula a 9 anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. “Estamos diante de uma ameaça democrática de grandes proporções no Brasil. É uma ordem autoritária”.

Segundo o dirigente, “a condenação de Lula atinge em cheio a noção de Estado de direito, que é o coração da democracia. Viola os direitos de defesa e exigência de prova para ser condenado. Até respeito a gente tem que exigir da justiça hoje. (a justiça)Faz delação premiada, tortura para dar o que o procurador quer”. 

Ofensiva da direita segue curso

“Mesmo no meio da confusão, procuramos resistir mas as nossas forças não tem sido suficientes. É preciso conseguirmos ganhar a maioria silenciosa da sociedade para defender seus próprios interesses e juntar mais forças. Ter amplitude”, defendeu Walter.

Na opinião dele, é preciso reconhecer que a correlação de forças continua mantendo a esquerda na defensiva. “Apesar de todas as crises a ofensiva é deles. Do nosso lado, é preciso reconhecer os erros cometidos nesses treze anos para retomar a relação de confiança com essa maioria silenciosa”. 

Walter avalia também que em 2016 e nos primeiros meses deste ano a FBP deu mostras de que é possível se consolidar uma frente ampla que acolha forças democráticas além dos movimentos de esquerda. 

Ele citou a Frente Ampla de movimentos, a Frente Ampla Nacional e a Frente suprapartidária em defesa das Diretas Já. “As bandeiras se tornaram mais unitárias em torno do Fora Temer, Diretas Já e contra as reformas”, relembrou.

Frente Ampla

“Vimos se somarem a esse movimento da Frente Ampla nacional em defesa das Diretas a CNBB e outros setores do comando religioso do pais como evangélicos, presbiterianos, setores da OAB, artistas, intelectuais”, enumerou Walter. 

Ele emendou: “Essa amplitude nos permitiu realizar as mobilizações do início do ano que culminaram com o êxito da greve de 28 de abril. Não conseguiríamos fazer a greve sem o fórum das centrais e a maioria delas não faz parte da Frente mas conseguimos trazer”, exemplificou.

Walter destacou que a criação da Frente Suprapartidária em defesa das diretas contou em sua constituição com setores dissidentes do governo Temer.

“São segmentos que tinham votado no impeachment e que vão se descolando como vários senadores do PSB. Roberto Requião e outras pessoas do PMDB se somaram nessa questão”, observou.

Mobilização popular

De acordo com Walter, os desafios da Frente são para ampliar as formas de mobilização para atingir essa maioria da população que ainda não se agregou aos atos e também combater o ceticismo que existe na sociedade em relação à política.

“Esses segmentos não estão de acordo com Temer, não estão de acordo com as reformas. Querem Diretas Já. Todas as pesquisas mostram isso. No entanto, ela não acredita que a sua mobilização é o fato capaz de conquistar isso. É o que eu chamo de desalento”, analisou.

O dirigente ressaltou que esse comportamento da população “revela que nós temos um inimigo poderosíssimo que é invisível que é a anti-política, a negação da política, o ódio à política, a maioria não se vê representada na política”.

Agenda para superar a crise

Walter reforçou a necessidade de ampla união de forças para superar a crise brasileira. Na opinião dele, é preciso somar e não dividir. “Só a esquerda política e social não dá saídas para a crise brasileira”. 

“Esse entendimento não pode estar subordinado a nomes de candidatos porque isso divide isso não soma. Não é hora de nomes, é hora de uma agenda para o país. É preciso mostrar concretamente ao povo como enfrentar a crise”, defendeu.

Ainda de acordo com Walter, a amplitude vai resultar no isolamento do núcleo que deu o golpe. “Na discussão da agenda para o país cabe a maioria do povo brasileiro. É preciso isolar a Globo, a Lava Jato, o governo golpista. Temos que isolar essa gente e salvar o país que está sangrando”.

Desafios da plenária

Definir bandeiras unitárias será o grande desafio da plenária nacional da Frente Brasil Popular. Walter está otimista. 

“Quando colocamos o desafio a gente superou. Criamos um programa popular de emergência. Novos desafios também podem ser superados”, declarou.

É trabalhoso (construir a unidade) mas é uma experiência formidável. Aí entra a vontade política para construir. Essa vontade nós da Frente temos e isso é um fator primordial da luta”, finalizou Walter.

SERVIÇO

Reunião do Coletivo Nacional da Frente Brasil Popular
Dias 18 (às 9h) e 19 de julho (até o 12h)
Local: Centro de Formação da Sagrada Família (Rua Padre Marchetti 237 - Ipiranga
Informações hospedagem e alimentação Centro Sagrada Familia (11) 2271 0070

Fonte: Portal Vermelho