terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nádia: A hora agora é de arregaçar as mangas e iniciar o trabalho


“O segundo turno foi um momento de forte disputa política. Reforçamos nossas propostas e não fugimos à luta”. Esse foi o tom dado pela vice-prefeita eleita de São Paulo pelo PCdoB, Nádia Campeão, ao falar sobre a reta final no segundo turno e a vitória da coligação PT/PCdoB.


Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo 


Sobre os próximos passos que serão dados, a comunista destacou que será organizada uma comissão de transição sob o comando de Fernando Haddad. Segundo ela, é a partir daí que o novo time terá uma ideia, mais concreta, de como irão encontrar a administração municipal.

Ela lembrou que o time já tem definidas as prioridades da nova gestão. “O nosso time sabe o que vai fazer desde que começou essa caminhada. E Fernando Haddad já elencou algumas ações urgentes, como enfrentar o déficit de vagas nas creches, iniciar o processo para a construção de três novos hospitais, afinar a parceria com governo federal em projetos como o Minha Casa, Minha Vida e encaminhar o processo para o Bilhete Único mensal”.

Mulher

Sobre a criação da Secretaria de Mulheres, Nádia frisou que essa ação é um compromisso do prefeito eleito. “Penso que criar essa Secretaria será uma ação muito importante. Com ela iniciaremos a enfrentar a questão da mulher na cidade de São Paulo. É claro que as outras secretarias não deixaram de lado estas questões, mas com esse setor criado, poderemos pensar, com mais detalhe, em políticas públicas que remodelem este cenário aqui em São Paulo.” 

Chuvas

Durante a entrevista, Nádia já sinalizou que a nova gestão está ciente dos desafios já em janeiro e lembrou que, diante das típicas chuvas desse período, terão que ser rápidos com as respostas. “Sabendo que em janeiro sempre sofremos com as chuvas, isso já coloca para nós uma demanda que deve ser respondida rapidamente. Além disso, temos o carnaval de São Paulo, o evento cultural muito importante para a economia de nossa cidade”, salientou a comunista.

Força do PCdoB

A vice-prefeita eleita também destacou o avanço do PCdoB nestas eleições. “Tivemos vitórias importantes, sobretudo neste segundo turno. Nós já havíamos logrado êxito em Olinda, e no segundo turno saímos vitoriosos em Contagem, Belford Roxo e Jundiaí. Estas são vitórias importantíssimas para o acumulo de forças do nosso Partido.”

Ela também destacou as vitórias em Rio Branco e Recife. “O PCdoB aparece como coparticipante de vitórias importantes de partidos que compõem a frente de esquerda do país. Ou seja, o PCdoB está de parabéns pela forte campanha que realizou em todo o país. E penso que colhemos frutos muito positivos”, finalizou a comunista.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Haddad anuncia um novo tempo para a Cultura e a Educação de SP

Mais de 2 mil representantes de diversos setores da Cultura e da Educação de São Paulo se reuniram nesta quinta-feira (25) para participar do último grande ato da campanha de Fernando Haddad. 

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho


Paulo Pinto
Ato Haddad com Educação e Cultura
"A cidade vai mudar pra valer”, garantiu Haddad
A pluralidade da capital paulista – que congrega brasileiros de todas as regiões do país –, a necessidade da formulação de uma nova política cultural – que contemple a diversidade das manifestações artísticas produzidas em toda a cidade – e a valorização de educadores e alunos da rede pública municipal deram o tom do encontro.

A ex-prefeita e ministra da Cultura Marta Suplicy reforçou a necessidade da militância dos partidos da coligação Para Mudar e Renovar São Paulo (PT, PCdoB, PSB e PP) sair às ruas para buscar os votos dos indecisos. Ela orientou os presentes a não aceitar provocações e não permitir que nada comprometa “a vitória de domingo”.

Mais uma vez, a ministra ressaltou que as recentes gestões Serra/Kassab deixaram São Paulo “sem rumo e sem marcas” e que a eleição do representante das forças progressistas da capital irá representar um novo tempo. “Daremos todo apoio para que Haddad faça de São Paulo o farol do Brasil na área da cultura.”

O cantor e compositor pernambucano Alceu Valença afirmou que São Paulo é a cidade mais cosmopolita do país e que “o Nordeste faz parte deste caldeirão cultural”. O cantor justificou que apesar de não votar na capital faz questão de manifestar seu apoio a Haddad em função “de seu excelente desempenho à frente do Ministério da Educação”.

Apesar dos apelos para que o clima de “já ganhou” não domine a reta final do segundo turno, Alceu Valença entrou no palco cantando a música “Anunciação”, uma analogia ao novo tempo preconizado pela vitória de Haddad. “A voz dos anjos murmurou em meu ouvido. Eu não duvido, já escuto os teus sinais. Que tu viria numa manhã de domingo. Eu te anuncio nos sinos das catedrais. Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teus sinais. Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teus sinais...”, diz a letra da música.

Em mais um discurso eloquente, a candidata a vice-prefeita Nádia Campeão elencou o dia 13 de agosto – data do lançamento do programa de governo proposto por ela e Haddad para a cidade – como um dos momentos mais significativos da campanha. Ela lembrou que o projeto chamado “Arco do Futuro” traz propostas para as áreas da Habitação; Transporte; Saúde; Educação; Cultura; Esporte e Lazer; Desenvolvimento Social e Econômico; Meio Ambiente; Dignidade, Cidadania e Direitos Humanos; Segurança e Gestão, Participação e Modernização. 

Nádia criticou a falta de compromisso do tucano José Serra que a menos de 10 dias das eleições apresentou apenas um rascunho de propostas para a capital. “As diferenças entre as duas candidaturas – a nossa e a deles – são profundas. Uma tem programa e a outra não tem nada a oferecer para a cidade de São Paulo.” 

Ela agradeceu a Haddad pela postura que ele teve durante toda a campanha e a apresentação de “nossas convicções mais profundas”. E lembrou que apesar da vantagem revelada pelas recentes pesquisas de intenção de voto, a militância deve conter até o próximo domingo (28) o grito de vitória em respeito ao povo de São Paulo. 

O candidato das forças progressistas de São Paulo defendeu mais uma vez a necessidade da capital recuperar o protagonismo diante do restante do país. E prometeu inaugurar um novo tempo na Educação, na Cultura, na Saúde, no Transporte e na Habitação. “A cidade vai mudar pra valer”, afirmou.

Haddad lembrou que da mesma maneira que eles não desistiram quando – no início da campanha – as pesquisas apontavam apenas 3% da preferência do eleitorado, não iriam agora, com 60% dos votos válidos, colocar salto alto e comemorar a vitória antecipada.

“Nós vamos jogar o jogo até o juiz apitar. Pode parecer pouco tempo (até o dia da votação), mas no Brasil é uma eternidade. O jogo que se joga no Brasil é muito duro, não é honesto na comparação de propostas. É a prática sorrateira.”

Ele pediu para que a militância se dedique a convencer os indecisos e reforçou que as propostas consistentes contidas no plano de governo devem orientar a conversa com os eleitores. “Não converse com quem é nosso, mas procure alguém que esteja indeciso e tire essa pessoa para conversar.”

O ato contou ainda com a presença do ministro da Educação Aloizio Mercadante, o senador Eduardo Suplicy, o ator Sérgio Mamberti, o músico Chico Cézar, o escritor Fernando Morais, o sociólogo Emir Sader e representantes de entidades da educação da capital como a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), e representantes da PUC, Unicamp e outras instituições.

Propostas de Haddad para a Educação e a Cultura

A grande adesão de representantes da Cultura e da Educação da capital à eleição de Haddad está centrada no programa de governo proposto por ele para São Paulo. Entre os principais itens contidos no documento estão a construção de 20 novos CEUs (Centros Educacionais Unificados); criação de 150 mil novas vagas para a educação infantil; universalização de vagas para crianças entre 4 e 5 anos; construção de 172 creches através do convênio com o Ministério da Educação; valorização dos profissionais da Educação – por meio da implantação de 31 polos da Universidade Aberta e da Política de Saúde; consolidação de parcerias com o MEC para implantar a Unifesp em Itaquera e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia na Zona Norte.

Para a Cultura, Haddad propõe a criação do Fundo Municipal de Cultura; a construção de dois novos Centros Culturais, nas Zonas Leste e Sul da capital; Casas da Cultura Digital; viabilização de equipamentos culturais nos 96 distritos da cidade; ampliação da Virada Cultural (mais periódica e descentralizada); destinação de mais recursos públicos para o VAI (Programa de Valorização de Iniciativas Culturais) e implantação do Programa Bolsa-Cultura.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

PCdoB avança e se empenhará por mais conquistas no segundo turno



A Comissão Política do PCdoB, reunida nesta terça-feira (9), em Brasília, divulgou nota oficial em que analisa o desempenho do Partido nas eleições municipais e se compromete a empreender mais esforços por maiores conquistas no segundo turno.
Leia a íntegra da nota:
PCdoB avança e se empenhará por maiores conquistas no segundo turno

O resultado das eleições municipais ainda inconclusas contraria, até aqui, as expectativas do campo conservador que esperava impor uma derrota à base de sustentação política da presidenta Dilma Rousseff. Tais expectativas foram e são alimentadas pela investida corrosiva e pesada de grande parte dos veículos de comunicação contra o PT e o ex-presidente Lula e, por extensão, aos partidos de esquerda; e para tal realizam uma cobertura manipulada do julgamento do chamado “mensalão.”

Ao contrário, encerrado o primeiro turno, o PSDB regrediu e o DEM se fragilizou. O fecho do segundo turno, principalmente em São Paulo, Salvador e Manaus, irá definir melhor o cômputo geral das eleições, o que exigirá redobrados esforços da base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff.

 
Neste cenário, o PCdoB lançou o seu maior projeto eleitoral dos últimos tempos. E os resultados deste primeiro turno são positivos, pois mostram um avanço gradativo da legenda e um realce de seu papel político e visibilidade perante o povo.

O grande destaque do PCdoB é a presença com candidaturas a prefeito ou a vice em capitais e cidades importantes. Com esse movimento, o Partido foi para o centro de vários dos principais confrontos dessas eleições. Conquistou 51 prefeituras – 10 a mais que em 2008 –, e vai disputar no segundo turno uma importante capital, Manaus, e ainda três cidades importantes: Contagem (MG); Belford Roxo (RJ) e Jundiaí (SP). Entre as vitórias, destacam-se dois municípios importantes do projeto do PCdoB: reeleição do prefeito Renildo Calheiros, de Olinda (PE), quarto mandato consecutivo da legenda; e a reeleição de Isaac Cavalcante de Carvalho, em Juazeiro, município relevante do sertão baiano. Sublinhe-se, ainda, a eleição do vice-prefeito de Recife, deputado Luciano Siqueira. No segundo turno, o PCdoB disputa a vice em quatro capitais: São Paulo; Salvador; Belém; e em Rio Branco.

Disputou seis capitais: Manaus, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia e Macapá. Nas três primeiras havia melhores possibilidades de ir para o segundo turno. Em Manaus isto se concretizou e no caso de Florianópolis não conseguiu por uma diferença mínima. Em Porto Alegre, não se atingiu aquele objetivo apesar da grande campanha realizada. Mesmo com esses reveses, no geral, pode-se afirmar que o Partido acumulou forças e suas lideranças, como é o caso de Ângela Albino (Florianópolis) e Manuela D’Ávila (Porto Alegre), saíram fortalecidas. Mais uma vez se revela a força social e eleitoral das mulheres, das lideranças femininas do PCdoB.

Para as Câmaras Municipais o Partido obteve um incremento de 50% do número de cadeiras, elegendo mais de 900 vereadores e vereadoras. Trata-se de um êxito relevante, tanto pela expansão quanto pelo fato de que foi lançada uma razoável quantidade de chapas próprias. Nas capitais, apesar de não ter conseguido reeleger algumas lideranças, conquistou 21 mandatos, o mesmo número alcançado em 2008.

Terminado o segundo turno, o Partido realizará um balanço de sua participação, mas o resultado se anuncia positivo. A legenda segue num ciclo gradativo e crescente de sua força político-eleitoral. O PCdoB não tinha no horizonte a possibilidade de dar saltos nos processos eleitorais em curto prazo. Um crescimento maior vai depender da evolução do atual processo de acumulação e de vários condicionantes políticos em nível nacional, e mesmo internacional. Três fatores devem ser ressaltados para a compreensão dos êxitos alcançados. As propostas e os programas que o Partido defendeu tendo como núcleo a construção de cidades modernas e mais humanas; a militância, que mostrou capacidade de mobilização e aglutinação de outras camadas de aderentes; e, finalmente, as lideranças, que saíram mais prestigiadas e respeitadas. Finalmente, nesta aferição é preciso considerar que a atual configuração das disputas eleitorais é desigual, uma vez que demandam elevados recursos e estrutura.

Empenho redobrado no 2º turno

Neste segundo turno, o Partido é chamado a intensificar sua mobilização e suas ações pela vitória de seu projeto e das forças aliadas. Destaca-se a batalha de Manaus, essa grande capital da Amazônia, na qual o PCdoB e um amplo leque de forças democráticas e progressistas são desafiados a eleger a senadora Vanessa Grazziotin e derrotar uma candidatura retrógrada, egressa da tropa de choque do nefasto governo neoliberal de FHC. De igual modo, requer empenho a mobilização pelas vitórias de Carlin Moura, em Contagem; Pedro Bigardi, em Jundiaí; e Dennis Dauttmam, em Belford Roxo. E ainda as cidades onde o Partido integra a chapa majoritária com a candidatura a vice: São Paulo, com Nádia Campeão; Salvador, com Olívia Santana; Belém, com Jorge Panzera; e em Rio Branco, com Márcio Batista. Também integra este elenco de prioridades a candidatura de Edvaldo Holanda Junior, da coligação PTC-PCdoB-PSB-PDT à prefeitura de São Luís.

Além desses destaques, em dezenas e dezenas de outras cidades onde haverá segundo turno, o Partido deverá estar na linha de frente pela vitória das melhores opções no segundo turno, levando-se em conta a realidade local e suas ligações com o projeto nacional do Partido.

Amplitude e garra, total empenho pela vitória dos candidatos do PCdoB e de seus aliados!

Brasília, 9 de outubro de 2012

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PCdoB dobra o número de vereadores no Estado de São Paulo


“O partido sai fortalecido por ter atingido o objetivo”, afirmou o presidente em exercício do Comitê Estadual do PCdoB/SP, Marcel o Cardia, em entrevista ao Vermelho São Paulo. Foram eleitos 69 vereadores neste ano o que representa um aumento de cerca de 100% em comparação a 2008 quando o partido elegeu 35 vereadores.


Railídia Carvalho
Marcelo Cardia, presidente em exercicio do PCdoB/SP
Cardia: "PCdoB sai fortalecido no Estado de São Paulo"

Nas próximas três semanas, a energia da militância estará voltada para as disputas de segundo turno. As prioridades do PCdoB são a eleição de Pedro Bigardi à prefeitura de Jundiaí e de Fernando Haddad, na capital, onde o partido está representado na chapa majoritária com a vice, Nádia Campeão.

Vermelho São Paulo - O que você destaca no resultado eleitoral de 2012 para o PCdoB no Estado?
Marcelo Cardia - O partido sai fortalecido nessas eleições por ter alcançado o objetivo de dobrar a bancada estadual de vereadores. Também elegemos vereadores em 12 das 25 cidades com mais de 200 mil habitantes apontando a representatividade do PCdoB em grandes centros. A força da militância e o projeto estadual apresentado foram fundamentais para o êxito nas eleições.

Vermelho São Paulo – Em que cidades de médio a grande porte o PCdoB assegurou cadeira nas Câmaras Municipais?
Marcelo Cardia - Elegemos vereador na Capital (Netinho de Paula), em Osasco elegemos o Toniolo, que foi o vereador mais votado da cidade. Em São Bernardo e em Mogi das Cruzes fizemos dois vereadores por cidade. Também conseguimos representação nas Câmaras de Campinas, Guarulhos, Taubaté, Ribeirão Preto, Taboão da Serra, Jundiaí e São José do Rio Preto. Em outras dez cidades sem segundo turno conseguimos eleger dois vereadores por cada município. 

Vermelho São Paulo - No campo majoritário o PCdoB também conquistou bons resultados no interior do Estado.
Marcelo Cardia – Além de reeleger o prefeito de Monte Alegre do Sul conseguimos mais três novas prefeituras nas cidades de Apiaí, Mirassolândia e Taquarituba. Elegemos também como vice-prefeitos o Caldas, em Botucatu; Antonio Eduardo Boretti, em Itapira; Daniel de Souza Silva, em Pradópolis; e Carlão da Saúde, em Rio das Pedras. Em Iacanga, município próximo a Bauru, elegemos três vereadores para a Câmara local.

Vermelho São Paulo – Para o segundo turno qual será a prioridade do PCdoB no Estado? 
Marcelo Cardia – A nossa militância está preparada para o segundo turno em municípios em que a nossa coligação concorre como Sorocaba, Campinas, Diadema, Ribeirão Preto, Santo André e Taubaté. Cidades como Jundiaí e a capital paulista se destacam porque a nossa vitória nesses lugares representa a chegada de um novo ciclo político progressista nesses municípios. Faremos todo o esforço para confirmar a vitória de Pedro Bigardi em Jundiái e também, junto com o partido da Capital, levar Nádia e Haddad à prefeitura de São Paulo.


De São Paulo, Railídia Carvalho

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Nádia Campeão: “A campanha atingiu o ponto alto na reta final”


Candidata a vice-prefeita na chapa de Fernando Haddad, a comunista Nádia Campeão apontou em entrevista ao Vermelho São Paulo a solidez das propostas, os apoios de Lula e Dilma e a força da militância como o conjunto que levou a chapa Haddad/Nádia para o segundo turno. Ela lembrou ainda que ninguém conhece as propostas do adversário para São Paulo. “Ele quer puxar para um debate nacional estéril”, afirmou.


facebook/haddad13
Nádia Campeão e Haddad resultado primeiro turno
Nádia e Haddad comemoram ida para segundo turno em São Paulo
Vermelho São Paulo: O que foi preponderante para que a chapa Haddad e Nádia chegasse à disputa do segundo turno?Nádia Campeão: Foram vários fatores. A campanha foi crescendo e chegou na reta final num ponto alto, fruto de um trabalho que foi se acumulando. Haddad começou como um desconhecido e terminou com as pessoas sabendo quais as propostas dele e quem o apoiava. Foram importantes os apoios de Lula e Dilma, principalmente de Lula, que esteve muito presente. Temos ainda o trabalho da militância, que foi muito forte, dando volume à campanha. Fizemos um confronto político aberto dando elementos para que a população pudesse comparar as nossas propostas com os demais candidatos.

Vermelho São Paulo: Qual será o foco da campanha agora?Nádia Campeão: Vamos manter basicamente a linha de defender o nosso programa que é um programa avançado de realizações para São Paulo. Continuar defendendo a ideia de mudança para a cidade. O primeiro turno demonstrou que São Paulo votou pela mudança. Serra teve apenas 30% dos votos e os demais votos foram para os demais candidatos, todos de oposição. Nós representamos a melhoria que São Paulo precisa para se inserir no projeto nacional. Agora é o momento de ampliar os apoios. 

Vermelho São Paulo: Algum tema vai prevalecer no debate neste segundo turno?
Nádia Campeão: No primeiro turno a questão do transporte público teve muito peso. Da nossa parte esse tema é um dos nossos carros-chefe ao lado de Saúde, Educação e Moradia popular. A campanha do Serra não apresentou programa no primeiro turno. Ninguém conhece o programa dele. Nós continuaremos detalhando o nosso programa de desenvolvimento para São Paulo que é o Arco do Futuro. Não nos furtamos a debater temas mais gerais mas o tema principal é o que trata das soluções para a cidade enquanto o Serra quer puxar para um debate nacional estéril.

Vermelho São Paulo: 
Qual o papel da militância neste momento?Nádia Campeão: A batalha para o segundo turno vai exigir muito debate político na cidade. O papel da militância é mobilizar as forças, debater com os eleitores, manter a campanha com visibilidade e juntar novas forças, novos apoiadores em toda a cidade. Neste momento os eleitores estão se reposicionando e a militância deve estar preparada para este novo quadro. Deve estar preparada também para os ataques do adversário, que costumam ser agressivos e fora do debate político da cidade.

De São Paulo, 
Railídia Carvalho