As noticias sobre o trabalho de organismos policiais invadindo alguns agrupamentos de traficantes no Rio de Janeiro mostram uma situação inusitada. São milhares de pessoas que moram em favelas localizadas em vários morros, muito bem localizados, e que se sujeitam há longos anos ao controle de bandidos que dominam o tráfico de drogas. E movimentam milhões de reais, determinando regras de comporamento inclusive de grupos policiais. Como estão sendo feitos os preparativos para duas atividades de grande relevaância, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, o combate ao tráfico motivou as invasões, que estão sendo efetuadas com muito sucesso. Mas fica pendente uma questão que é básica, ou seja, prendem-se os traficantes, mas como fica a situação dos viciados? Por que esta questão não é abordada. E não apenas no Brasil. Qual a solução para este grave problema? São pessoas dos vários noveis sociais, que submetem-se ao controle de quem vende drogas, que são usadas sem nenhum controle? Será que não está na hora de aproveitar as "invasões!" e o amplo destaque para motivar campanha que não se limitem a cartazes, palestras ou ampla divulgação, mas a motivação para que familias e viciados busquem soluções? A inércia, o despreparo, a omissão nesse caso é extremamente prejudicial. Bem como a repressão pura e simples.
Uriel Villas Boas - Secretário de Comunicações PCdoB - Santos

O dia era de troca de elogios. Daniel Almeida (BA), que passa a figurar na galeria de fotos de líderes do PCdoB na Câmara, disse que jamais imaginou que um dia estaria ao lado de figuras como Aurélio.
Já Vanessa Grazziotin (AM), que vai cumprir mandato de senadora quando encerrar o mandato como deputada e atual líder do Partido na Câmara, elogiou a participação das mulheres da legenda, lembrando que Jô Moraes (MG) foi a primeira líder mulher.
E comemorou a vinda de duas novas colegas – Jandira Feghali, eleita pelo Rio de Janeiro e Luciana Santos, por Pernambuco. Com as reeleitas Perpétua Almeida (AC), Alice Portugal (BA), Jô Moraes e Manuela D´Ávila (RS), a nova bancada mantém a tradição do Partido de possuir a maior proporção de mulheres em cerca de 40%.
Cartão de visita
Coube ao presidente do PCdoB, Renato Rabelo, estender os elogios a todos os deputados, a quem definiu como cartão de visita do Partido. “É através da atuação deles que a sociedade conhece o que pensa e como age o PCdoB”, afirmou o líder comunista.
Ele disse que a galeria de fotos conta a história de atuação dos comunistas na Câmara, desde o tempo em que os representantes do Partido estavam abrigados no antigo MDB, porque a legenda estava na clandestinidade, perseguida pela ditadura militar.
Rabelo confirmou as palavras de Aurélio Peres ao descrever as dificuldades em exercer o mandato, destacando a falta de estrutura e suporte. E lembrou, junto com o homenageado, a história de sua vida e militância.
Peres, que não vinha a Brasília há 25 anos, se mostrou admirado com toda a estrutura e a bancada atual do PCdoB. Ele lembrou que, apesar das dificuldades, que quase o fizeram desistir do mandato, contabiliza grandes vitórias como deputado. Ele participou, junto com o ex-deputado já falecido Teotônio Vilela (PMDB-AL), de quem se tornou amigo, da luta pela anistia.
Após o descerramento do pano vermelho que cobria a galeria, o deputado Assis Melo puxou o grito do Partido: “Um, dois, três, quatro, cinco mil, e viva o Partido Comunista do Brasil”, dando um toque de informalidade ao evento cheio de emoção.
http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=142325&id_secao=3
De Brasília
Márcia Xavier