Haddad anuncia um novo tempo para a Cultura e a Educação de SP
Mais de 2 mil representantes de diversos setores da Cultura e da Educação de São Paulo se reuniram nesta quinta-feira (25) para participar do último grande ato da campanha de Fernando Haddad.
Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho
Paulo Pinto

A pluralidade da capital paulista – que congrega brasileiros de todas as regiões do país –, a necessidade da formulação de uma nova política cultural – que contemple a diversidade das manifestações artísticas produzidas em toda a cidade – e a valorização de educadores e alunos da rede pública municipal deram o tom do encontro.
"A cidade vai mudar pra valer”, garantiu Haddad
A ex-prefeita e ministra da Cultura Marta Suplicy reforçou a necessidade da militância dos partidos da coligação Para Mudar e Renovar São Paulo (PT, PCdoB, PSB e PP) sair às ruas para buscar os votos dos indecisos. Ela orientou os presentes a não aceitar provocações e não permitir que nada comprometa “a vitória de domingo”.
Mais uma vez, a ministra ressaltou que as recentes gestões Serra/Kassab deixaram São Paulo “sem rumo e sem marcas” e que a eleição do representante das forças progressistas da capital irá representar um novo tempo. “Daremos todo apoio para que Haddad faça de São Paulo o farol do Brasil na área da cultura.”
O cantor e compositor pernambucano Alceu Valença afirmou que São Paulo é a cidade mais cosmopolita do país e que “o Nordeste faz parte deste caldeirão cultural”. O cantor justificou que apesar de não votar na capital faz questão de manifestar seu apoio a Haddad em função “de seu excelente desempenho à frente do Ministério da Educação”.

Em mais um discurso eloquente, a candidata a vice-prefeita Nádia Campeão elencou o dia 13 de agosto – data do lançamento do programa de governo proposto por ela e Haddad para a cidade – como um dos momentos mais significativos da campanha. Ela lembrou que o projeto chamado “Arco do Futuro” traz propostas para as áreas da Habitação; Transporte; Saúde; Educação; Cultura; Esporte e Lazer; Desenvolvimento Social e Econômico; Meio Ambiente; Dignidade, Cidadania e Direitos Humanos; Segurança e Gestão, Participação e Modernização.
Nádia criticou a falta de compromisso do tucano José Serra que a menos de 10 dias das eleições apresentou apenas um rascunho de propostas para a capital. “As diferenças entre as duas candidaturas – a nossa e a deles – são profundas. Uma tem programa e a outra não tem nada a oferecer para a cidade de São Paulo.”
Ela agradeceu a Haddad pela postura que ele teve durante toda a campanha e a apresentação de “nossas convicções mais profundas”. E lembrou que apesar da vantagem revelada pelas recentes pesquisas de intenção de voto, a militância deve conter até o próximo domingo (28) o grito de vitória em respeito ao povo de São Paulo.
O candidato das forças progressistas de São Paulo defendeu mais uma vez a necessidade da capital recuperar o protagonismo diante do restante do país. E prometeu inaugurar um novo tempo na Educação, na Cultura, na Saúde, no Transporte e na Habitação. “A cidade vai mudar pra valer”, afirmou.

“Nós vamos jogar o jogo até o juiz apitar. Pode parecer pouco tempo (até o dia da votação), mas no Brasil é uma eternidade. O jogo que se joga no Brasil é muito duro, não é honesto na comparação de propostas. É a prática sorrateira.”
Ele pediu para que a militância se dedique a convencer os indecisos e reforçou que as propostas consistentes contidas no plano de governo devem orientar a conversa com os eleitores. “Não converse com quem é nosso, mas procure alguém que esteja indeciso e tire essa pessoa para conversar.”
O ato contou ainda com a presença do ministro da Educação Aloizio Mercadante, o senador Eduardo Suplicy, o ator Sérgio Mamberti, o músico Chico Cézar, o escritor Fernando Morais, o sociólogo Emir Sader e representantes de entidades da educação da capital como a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), e representantes da PUC, Unicamp e outras instituições.
Propostas de Haddad para a Educação e a Cultura
A grande adesão de representantes da Cultura e da Educação da capital à eleição de Haddad está centrada no programa de governo proposto por ele para São Paulo. Entre os principais itens contidos no documento estão a construção de 20 novos CEUs (Centros Educacionais Unificados); criação de 150 mil novas vagas para a educação infantil; universalização de vagas para crianças entre 4 e 5 anos; construção de 172 creches através do convênio com o Ministério da Educação; valorização dos profissionais da Educação – por meio da implantação de 31 polos da Universidade Aberta e da Política de Saúde; consolidação de parcerias com o MEC para implantar a Unifesp em Itaquera e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia na Zona Norte.
Para a Cultura, Haddad propõe a criação do Fundo Municipal de Cultura; a construção de dois novos Centros Culturais, nas Zonas Leste e Sul da capital; Casas da Cultura Digital; viabilização de equipamentos culturais nos 96 distritos da cidade; ampliação da Virada Cultural (mais periódica e descentralizada); destinação de mais recursos públicos para o VAI (Programa de Valorização de Iniciativas Culturais) e implantação do Programa Bolsa-Cultura.
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