domingo, 29 de julho de 2012

Estadual orienta sobre arrecadação e gastos de campanha


A secretaria de Finanças do Comitê Estadual do PCdoB Paulista alerta dirigentes municipais e candidatos para os prazos de entrega de parciais e balancetes sobre a prestação de contas das campanhas, de acordo com as exiências da Justiça Eleitoral. O primeiro prazo para a entrega de balancetes referentes às contas de junho se encerra no dia 15 de julho, próximo domingo.



A apresentação das prestações de conta e dos recibos eleitorais deverão ser feitas através do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais. O programa pode ser baixado aqui. Em caso de dificuldade de instalação, o Estadual recomenda aos dirigentes e candidatos que assistam aqui vídeo explicativo sobre a instalação do programa. 

Vanius Oliveira, secretário de Finanças do Estadual, esclarece que cada Comitê Municipal, Candidato e Comitê Financeiro deverá imprimir os seus recibos.

Prestação de Contas
Da mesma forma que cada instância deve imprimir os próprios recibos, os Comitês Municipais (para os gastos eleitorais), os Comitês Financeiros e os candidatos também devem apresentar as respectivas prestações de contas parciais obedecendo os seguintes prazos.

A 1ª parcial deverá ser entregue no período de 28 de julho até 02 de agosto enquanto o prazo para a entrega da segunda parcial será entre os dias 28 de agosto até 2 de setembro, ambas pela internet. A Prestação de contas Final deverá ser entregue no cartório eleitoral até o dia 06 de novembro.

Balancetes mensais
Além destas parciais, os Comitês Municipais deverão encaminhar ao cartório eleitoral os balancetes mensais dos gastos e arrecadação de campanha. Confira abaixo tabela com os prazos para a entrega desses balancetes. 

Prazo de entrega até 15 de julho de 2012Referência: junho de 2012
Levantamento: 30 de junho de 2012

Prazo de entrega até 15 de agosto de 2012Referência: julho de 2012
Levantamento: 31 de julho de 2012

Prazo de entrega até 15 de setembro de 2012Referência: Agosto de 2012
Levantamento: 31 de agosto de 2012

Prazo de entrega até 15 de outubro de 2012Referência: setembro de 2012
Levantamento: 30 de setembro de 2012

Prazo de entrega até 15 de novembro de 2012
Referência: outubro de 2012
Levantamento: 31 de outubro de 2012

Prazo de entrega até 15 de dezembro de 2012Referência: novembro de 2012
Levantamento: 30 de novembro de 2012

Prazo de entrega até 15 de janeiro de 2013
Referência: dezembro de 2012
Levantamento: 31 de dezembro de 2012

Doações
Vanius chama a atenção para os limites de doações que, segundo ele, "devem ser observados sempre, visto que a multa é de 5 a 10 vezes o valor doado".

Para doações de pessoas físicas o limite é de 10% da renda bruta declarada para a receita federal no ano-calendário de 2011. Para doações de pessoas jurídicas o limite é de 2% do faturamento bruto auferido no ano-calendário de 2011

Exceção nas doações

No caso de pessoa física há a exceção das doações estimáveis em dinheiro, se relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de sua propriedade, desde que o valor da doação não ultrapasse R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), apurados conforme o valor de mercado.

Para doação de pessoas jurídicas não há exceção para bens estimáveis em dinheiro. 

Clique aqui e confira carta que deve servir de orientação aos doadores de campanha.


Da Redação

terça-feira, 24 de julho de 2012

Walter Sorrentino: PCdoB quer qualidade de vida para as cidades

Em entrevista exclusiva à Rádio Vermelho, o secretário nacional de Organização do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Walter Sorrentino, falou sobre o cenário eleitoral, os avanços do PCdoB nestas eleições e o protagonismo das mulheres e da juventude nas eleições 2012.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Segundo ele, neste ano o Partido dá um salto no processo eleitoral. "Trabalhamos em cima de um projeto que almeja ampliar a atuação do PCdoB nos espaços de poder. Diante disso vejo com muito otimismo o atual cenário."

Ele destacou que o número de disputas que o Partido protagoniza é maior do que o número nos quais fez aliança. "Essa amplitude é importante, porque o Partido apresenta à sociedade a cara do PCdoB e os projetos elaborados pelo Partido. E ao fazer isso amplifica a formação de lideranças na sociedade", explica o dirigente.

Sobre a representativa atuação das mulheres e da juventude, o secretário lembrou que o PCdoB tem autoridade para falar do assunto. "O Partido dirige a maior e mais antiga organização política da juventude do país, que é a UJS, só isso já demonstra nosso protagonismo neste segmento. No caso das mulheres, nós lideramos esse movimento, um exemplo o número de quadros femininos que o PCdoB possui."

Acompanhe a íntegra da entrevista:

http://www.vermelho.org.br/eleicoes_2012/noticia.php?id_noticia=189066&id_secao=318
Ideias e Debates entrevista Walter Sorrentino

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Projeto eleitoral do PCdoB é ousado, desafiador e competitivo

O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil reúne-se neste final de semana (7 e 8), em São Paulo, na última sessão plenária antes do pleito municipal deste ano. Em clima de confiança despertado pelo bom posicionamento dos comunistas na largada da campanha, os membros do coletivo dirigente acompanharam na abertura do encontro o informe político do presidente nacional, Renato Rabelo.
O presidente da sigla comunista analisou o cenário político em que o Partido está inserido, debateu a situação internacional e traçou as diretrizes para a definição das tarefas nacionais e do projeto eleitoral do Partido.  Leia a íntegra do pronunciamento de Rabelo:

Crise mundial se amplia e aumenta a incerteza e os perigos de guerra

O mundo está diante de enormes desafios. A prolongada e persistente crise financeira, econômica e social, não encontra saída, agravando crescentemente a situação dos povos e aprofundando a instabilidade mundial. Os países capitalistas centrais se encontram com suas economias paralisadas e aumentam seus impasses com elevação acentuada dos índices de desemprego. Na Europa onde a crise é mais aguda medidas combinadas – pacotes de austeridade e injeções de dinheiro para salvar o sistema bancário -- barram o desenvolvimento econômico e aprofundam a crise social. A crise se concentra mais fortemente na Grécia (onde o PIB caiu 17,3% de 2008 a 2012), Portugal, Espanha, Irlanda e Itália. Estão literalmente estagnadas a França e a Grã Bretanha; não há previsão de melhora para 2013. O desemprego afeta 17 milhões de trabalhadores na Zona do Euro. Na Grécia e na Espanha a taxa supera os 20%.

Nos países em desenvolvimento, a China e a Índia desaceleram-se moderadamente. A China tem tomado medidas de estímulo à economia reduzindo a taxa de juros para financiamentos e aumentando o investimento público. Espera crescer 8,2% este ano. Para o Brasil e para os países do Mercosul, com o cenário internacional desfavorável cai a demanda dos produtos exportados reduzindo os saldos positivos da balança comercial.

Os focos de tensão provocados pela política belicista dos Estados Unidos e do seu braço armado na Europa, a Otan, no Oriente Médio, no Irã, e península coreana, não saem do círculo de fogo fomentado crescentemente pelos apetites imperialistas. Na Síria, a guerra civil atinge parâmetros extremos, através de ostensiva provocação estrangeira preparando a intervenção armada direta. Agora se agrava com a ameaça aberta da França, do seu novo governo socialdemocrata, num enfrentamento aberto à Rússia e a China.

O transbordamento da prolongada e persiste crise capitalista na esfera política, não fez mudar o pendulo a favor de novas forças políticas, que realmente possa conduzir a alternativa de superação da crise a favor dos trabalhadores e das amplas camadas populares. Ao contrario, ainda se faz crescer a ação das forças reacionárias de direita e extrema direita, do imperialismo, onde o status quo dominante não se altera, prevalecendo sempre às políticas para salvar os próprios círculos dominantes responsáveis pela crise.

Mesmo aqui na America do Sul, onde se vive nova situação política, de predomínio das forças democráticas e de esquerda, os círculos locais pro-imperialistas persistem em provocar e preparam golpes na espreita. É exemplar o caso recente do golpe perpetrado pelas forças conservadoras e reacionárias no Paraguai, destituindo o presidente Lugo, eleito pelo povo por ampla maioria. O imperialismo procura intervir nas eleições da Venezuela financiando pesadamente as forças reacionárias anti-Chávez, na tentativa de reverter as conquistas democráticas e populares duramente alcançadas.

A Rio + 20 concluída recentemente na cidade do Rio de Janeiro para tratar do tema desafiador da nossa época, a preservação do planeta e do meio ambiente, foi mais uma demonstração dos países ricos, sobretudo diante da profundidade da crise, de que os ônus cabem aos países da chamada periferia. Estes são os que devem pagar para superação da crise ambiental. O Brasil teve o que apresentar na defesa do meio ambiente nacional, e assumiu um papel protagonista, ativo e independente diante das imposições dos países centrais do capitalismo.

Brasil: Governo Forte, crise econômica com resposta ainda insuficiente
Hoje, a concretude do modelo político brasileiro, iniciado com a abertura do novo ciclo político desde a vitória de Lula em 2002, tem no centro do poder duas lideranças maiores, a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, sendo este o fiador consagrado desse recente curso político. Em pesquisa recente a presidenta bate na marca de 82% de apoio e aprovação populares no país, superando recordes anteriores. O Partido hegemônico, o PT, majoritário, composto de grupos políticos dispares, formando na prática uma espécie de federação política, está no centro de uma frente partidária ampla, heterogênea, composta por partidos que expressam os mais diversos interesses de camadas sociais e de setores influentes na sociedade.

Um modelo, como expressa o historiador marxista Eric Hobsbawm, conformado por trabalhadores, sindicalistas, movimentos sociais, profissionais liberais, intelectuais, empresários, esquerdas, e que “vem dando certo”. A oposição se conformou de partidos de maior confiança dos círculos dominantes financeiros, cevados na década neoliberal de 1990, e de setores conservadores da sociedade. E de uma poderosa mídia monopolista que expressa esses interesses, originaria de grupos familiares conservadores, que nunca aceitou a ascensão ao poder político do líder popular caracterizado por Lula e as forças populares e de esquerda que ele representa.

Na atual evolução do curso político a presidenta Dilma firma sua autoridade de líder nacional e eleva a aceitação a seu governo. Porém, um comando político, que conduza no sentido dos objetivos do governo esse conjunto aliancista de forças dispares, ainda não se impôs, resultando um movimento de dispersão no âmbito do Congresso Nacional e nos veios políticos. Enquete realizada recentemente com duas centenas de deputados federais mostrou que o melhor ministro é o ministro do Esporte, o companheiro Aldo Rebelo.

Em grande parte a aceitação e apoio ao governo vem dos ganhos da elevação dos níveis de emprego e renda até agora alcançados. Entretanto, a crise mundial já impacta fortemente a economia nacional. As previsões para 2012 indicam diminuição do crescimento do PIB em relação a 2011 (2,7%). Deve girar em torno dos 2%. Cai fortemente a taxa de investimentos. A indústria está estagnada. Para 2012 como um todo pode haver significativa retração na produção industrial. As expectativas não são nada animadoras.

Do ponto de vista das contas externas espera-se uma diminuição do saldo da balança comercial para 2012 cujos números do 1º semestre indicam o menor superávit dos últimos 10 anos (US$ 7,073 bilhões). Cai a aceleração da criação de empregos formais. Governo tem procurado enfrentar a situação com medidas pontuais e emergenciais, através de pacotes sucessivos, ainda insuficientes para a retomada do crescimento econômico. Vem diminuindo a taxa básica de juros como nunca, reduziu a taxa de juros de longo prazo em 0,5%, amenizou as restrições para a entrada de dólares, pratica a renúncia fiscal em alguns setores cujo montante, calcula-se, já ultrapassa os R$ 100 bilhões. Porém as medidas que o governo tem tomado são, sobretudo, para estimular o consumo. Não se reflete na elevação de maior taxa de investimento.

Em suma, a situação da economia não é de crise, mas indica um agravamento. Por enquanto o país vive um quadro de semi-estagnação. As medidas do governo se mostram ainda insuficientes. O PCdoB tem se pronunciado constantemente para que o governo adote um conjunto de medidas ousadas, para tornar essa circunstância adversa, numa janela de oportunidade, numa alternativa própria para o Brasil. O Partido deve continuar insistindo na retomada da industrialização e estimulo para aceleração da edificação da infraestrutura, com aumento crescente dos investimentos públicos e privados. (Veja ao final do texto resolução da última reunião da Comissão Política)

Eleições de 2012 influem e em certa medida antecipam 2014


Além da dimensão política das eleições municipais, que decidirá o destino das cidades do país, onde vivem mais de 80% da população brasileira, o seu resultado terá influência sobre as eleições gerais de 2014. E, em certa medida, antecipa a preparação do embate decisivo para o destino da nação em 2014. Por isso, a batalha de outubro próximo coloca em intenso movimento os diferentes campos e polos políticos do país. Em geral a base política e partidária de apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff buscará manter e ampliar suas posições, ampliando suas influencias e se apoiando no prestigio do governo nacional. A oposição neoliberal, mesmo fragilizada, tentará a todo custo reverter, em algum grau, a etapa de sucessivas derrotas.

No âmbito da própria base, as legendas batalham pelo seu crescimento e o PT luta para estender e consolidar sua hegemonia. Para o nosso Partido, diante da evolução política torna-se importante lutar pela unidade da frente, que tem como objetivo maior, imediato, o êxito do governo Dilma, impulsionando-o, e levando a sua reeleição em 2014. Isso une a maior parte. Ainda considero que nossa aliança principal, nesse sistema de contradições políticas (Relação com PT, aliados e enfrentamento da oposição), é com Lula, Dilma, PT. Desse modo se empenhar em sustentar a aliança até aqui vitoriosa, preservando nossos vínculos com o PSB, mantendo uma relação positiva com o PMDB, e numa convivência com os demais Partidos da frente governista. O Partido se manterá em defesa das nossas convicções na via da acumulação de forças visando nossos objetivos maiores.

Projeto eleitoral do PCdoB: ousado, desafiador e competitivo
A construção do nosso projeto eleitoral compõe um conjunto de tarefas nacionais fundamentais deste ano, que se junta à Comemoração dos 90 anos do PCdoB, na qual atingimos significativos êxitos. E também, da construção partidária nos termos do 7º Encontro Nacional sobre a Questão de Partido. Chegamos à participação organizada em 2100 municípios, e alcançamos, em abril, cerca de 357 mil filiados.

Consciente da envergadura do pleito de 2012, o PCdoB tem se empenhado para elevar sua participação nesta disputa. Já no ano passado o Partido iniciou a montagem e realização de seu projeto para a campanha que vai se iniciar. Com o atual projeto, dá seguimento a um objetivo que persegue, desde 2006, como uma de suas prioridades: lançar candidaturas majoritárias e chapas próprias às câmaras municipais, e onde isso não for possível apoiar candidatos da base aliada do governo federal e realizar coligações proporcionais.

O PCdoB vem fazendo um grande esforço para que essa ação seja regida pela sua linha política nacional. Não tão simples, num país continental como o Brasil, de realidades municipais muito próprias nas quais as legendas política, muitas das vezes, não guardam coerência com seu posicionamento nacional.

Guiado por sua orientação política nacional, o Partido se movimentou para conquistar o apoio de legendas da base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff para suas candidaturas. Também se empenhou para manter a unidade política dessa base aliada mesmo nesse tipo de eleição por si dispersiva e na qual cada legenda, legitimamente, se desdobra para se fortalecer. Onde há mais de uma candidatura do campo do governo, o Partido defende que se estabeleçam compromissos de não confronto entre elas e onde houver segundo turno contra a oposição, que haja uma convergência para assegurar a vitória de uma candidatura da base.

Realizadas as convenções, oficializadas as candidaturas, o balanço indica que o PCdoB obteve um resultado promissor na formação de seu projeto eleitoral. Um projeto ousado, competitivo e desafiador. O Partido realizou convenções em cerca de 2100 municípios, nos 26 Estados. Foram homologados 225 candidatos e candidatas próprios às prefeituras, 140 candidaturas à vice e perto de 10 mil candidaturas às câmaras municipais.

Das candidaturas às prefeituras, 6 são em capitais e 25 em cidades polos regionais. Outras 45 são relevantes no âmbito das realidades estaduais e significativas para a acumulação de forças do Partido.

Esse projeto, o maior da história do Partido, nesta esfera de disputa, cria para nosso Partido possibilidades de êxitos importantes, em especial na disputa das capitais, com candidaturas a prefeito e vice. Nesse âmbito, destacam-se e merecem nossa atenção concentrada as seguintes candidaturas: Vanessa Grazziotin, em Manaus; Manuela D’Ávila, em Porto Alegre; Ângela Albino, em Florianópolis; Inácio Arruda, em Fortaleza; Evandro Milhomen, em Macapá; e Isaura Lemos, em Goiânia. Lideranças comunistas também compõem a chapa majoritária, como candidatos a vice, nas seguintes capitais: São Paulo com Nádia Campeão; Salvador com Olívia Santana; Recife, com Luciano Siqueira; Teresina, com Lázaro José da Silva; Belém, com Jorge Panzera; Rio Branco, com Márcio Batista; Fortaleza, com Chico Lopes; Goiânia, com Denise Carvalho.

O Partido também entra na disputa de prefeituras de cidades de porte médio do país, como: Jundiaí e Suzano (SP), Caxias do Sul e Ijuí (RS), Foz do Iguaçu (PR) Contagem e Coronel Fabriciano (MG), Juazeiro, Paulo Afonso, Simões Filho e Guanambi (BA), Abreu e Lima, Bezerros e Pesqueira (PE), Barra Mansa, Belford Roxo e Nova Iguaçu, (RJ), Manguarape, Crateús e Aquiraz, (CE), Itacoatiara (AM), São José de Ribamar (MA), Nossa Senhora do Socorro (SE), Sapé (PB). Destaca-se, finalmente, Olinda – há três mandatos consecutivos governada com êxito pelo PCdoB.

Além disso, há condições de aumento do número de mandatos comunistas nas câmaras municipais, com chapa própria ou coligação. Sinal de que um expressivo número de lideranças se incorporou ao Partido é lançamento de chapas próprias a vereadores em 16 capitais. A realização de convenções em cerca de 2100 municípios reflete o movimento de expansão e presença no vasto interior do país.

domingo, 8 de julho de 2012

“A primavera árabe” está indo para a América latina?




Uma onda de protestos está estourando na Venezuela, Equador e Bolívia – países de forte oposição às políticas dos EUA e de seus aliados na região. Será que estamos testemunhando uma “Primavera Latino-americana”? 



Há sinais de crescente actividade de guerra psicológica por agências e ONG's “pró-democracia”, “pró-direitos humanos” e “de ajuda”, na América Latina, actuando através de seus actores locais alinhados com os interesses dos EUA/Reino Unido/União Europeia. 




Acendendo o Fósforo 


Será que está sendo pavimentado o caminho para coisas bem piores? Aqueles que “riscam o fósforo” que inflama a agitação e os protestos populares já aprenderam muito bem, a partir da sua experiência com a “Primavera Árabe”, como soprar estas chamas que conduzem a catastróficas explosões sociais... 


Alguns alarmes estão começando a disparar em países como Venezuela, Equador e Bolívia, cujos presidentes – Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales, respectivamente – não tocam a melodia dos EUA e seus aliados, que por mais de um século têm exercido dominação económica colonial sobre a América Latina. 


A Venezuela, a Bolívia e o Equador insistem em manter estreitas relações com países, que os EUA e seus aliados definiram como “estados desonestos”, nomeadamente o Irão, a Síria e, até o assassinato público de Khadafi na a Líbia. Será que eles estão destinados a serem cabeças de ponte para uma possível “Primavera Latino-americana” de insurreição programada? 


A chamada “Primavera Árabe” também começou com a erupção de uma grande variedade de queixas populares que evoluíram para demonstrações em massa e rapidamente transformaram-se em violência social descontrolada de todos os lados. 




Redes de Poder 


Para entender como este complexo sistema de dominação realmente funciona, precisamos também olhar para a actividade do sector privado, que é instrumento para a obtenção do controle sobre os países da região. 


Por exemplo, uma entidade privada como a “Sociedade das Américas” presidida por David Rockefeller – fortemente ligada ao Conselho de Relações Exteriores que está bem em frente do outro lado da luxuosa Park Avenue na cidade de Nova York – recentemente foi capaz de catapultar um de seus membros, Juan Manuel Santos, para presidente da Colômbia, um tradicional aliado dos EUA na região. 


Outros membros da Sociedade das Américas incluem poderosos líderes políticos e empresariais regionais e globais, como o presidente do Congresso Mundial Judaico Eduardo Elsztain (empresário argentino sócio de George Soros) e, Gustavo e Patricia Cisneros, proprietários de um poderoso conglomerado multimedia da oposição venezuelana. 


Co-presidindo a Sociedade das Américas com David Rockefeller está John Negroponte, que serviu como embaixador do governo George W. Bush na ONU e no Iraque, e que também era seu Conselheiro de Segurança Nacional. 


Frequentemente, são fatos pouco conhecidos como estes que ajudam a “ligar os pontos” e permitem mostrar onde de fato o poder se encontra, mas que os media ocidental ignoram.


Ainda bem que o mundo está acordando para o fato de que a chamada “Primavera Árabe” não é mais do que um método para impor o estilo ocidental de “democracia” a todos os países muçulmanos, enfraquecendo assim todos os estados soberanos. 


É evidente que isto está sendo arquitectado e financiado com a cumplicidade da Elite de Poder que astutamente tira vantagem das divisões internas e sequestra genuínas reivindicações das populações locais em seu proveito próprio. 


Ela usa todas as armas de que dispõem, geralmente através de operativos da CIA, do MI6 e do Mossad. Também inclui guerra psicológica mediática local que espalha informação falsa/distorcida sobre o que realmente está acontecendo em cada país e por quê. 






Guia dos Sete Passos Para Destruir um País:


Escrevendo a respeito da “Primavera Árabe”, descrevemos um processo de ‘Sete Passos' através do qual a Elite Ocidental pode provocar tumultos até a destruição total. 


1. Eles começam apontando um país que consideram pronto para uma “mudança de regime”, frequentemente carimbando-o como “Estado Covarde”,então... 


2. Espalham mentiras deslavadas através de seus noticiários e jornalistas pagos e, chamam a isso de “preocupações da Comunidade Internacional”, então... 


3. Financiam e promovem contendas e tumultos internos, geralmente evoluindo para fornecimento de armas e treino de grupos terroristas locais pela CIA, MI6, Mossad, Al-Qaeda e membros de cartéis de drogas, e chamam-nos de “Rebeldes Pela Liberdade”, então... 


4. Tentam encenar Resoluções do Conselho de Segurança da ONU permitindo que a OTAN despeje morte e destruição sobre milhões de pessoas, e chamam a isso de “Sanções Para Proteger a População Civil”,então... 


5. Invadem e começam a controlar o país escolhido, e chamam a isso de “Libertação”, então... 


6. Quando o dito país cai sob seu controle, eles fraudulentamente impõem pérfidos governos fantoches e chamam a isso de “Democracia”, até que finalmente... 


7. Eles roubam o petróleo, os minérios e a produção agrícola entregando-os aos Banqueiros e Corporações globais, também impõem Dívidas Soberanas desnecessárias, e chamam a isso de ”Investimento Estrangeiro e Reconstrução”.



Portanto, Equador, Venezuela e Bolívia – e até mesmo Argentina: abram os olhos!
Aprendam a ver através do uso secreto e violento da força e da hipocrisia em público da Elite de Poder.
Porque quando os Poderosos Senhores Globais decidirem vir atrás de vocês, eles dirão que é tudo em nome da “liberdade de expressão”, da “democracia”, da “paz”, dos “direitos humanos”, da “não discriminação” e outras frases de efeito.
Não caiam nessa! 


Reprodução de um artigo, na quase sua totalidade com ligeiras adaptações, de Adrian Salbuchi  


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Haddad e Nádia inauguram campanha de rua com caminhada sexta, 6


Começa na próxima sexta-feira, às 15h, no centro de São Paulo, a campanha eleitoral da coligação Mudar e Renovar São Paulo com Fernando Haddad, prefeito e Nádia Campeão, vice-prefeita. Com início na praça do Patriarca, a caminhada pelo centro está prevista para se encerrar às 18h, na praça da Sé.


Priscila Lobregatte
Nádia e Haddad
Nádia discursa durante anúncio que a oficializou como vice de Haddad

"Após a vitoriosa Convenção do PCdoB no dia 30 de junho, a campanha eleitoral propriamente dita começa a ter sua agenda de largada definida. Contamos com todos e todas nessa mobilização para darmos um grande impulso inicial para a vitória da coligação e do PCdoB", convocou Wander Geraldo, presidente do comitê paulistano do PCdoB.

Se depender do entusiasmo demonstrado pela militância durante a Convenção do dia 30 com a chapa Haddad-Nádia a caminhada será um sucesso. Foram aproximadamente 800 pessoas com bandeiras, camisetas e gritando palavras de ordem. A organização da atividade espera que os filiados e simpatizantes venham para a caminhada com o mesmo espírito da Convenção.

Da Redação