sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Marquito Duarte defende políticas públicas para as mulheres

Em vídeo publicado em sua página no Facebook, o vice-presidente do PCdoB de Santos, Marquito Duarte afirma que "a Câmara Municipal pode e deve propor legislação e cobrar medidas do Executivo com relação às questões urgentes das mulheres".

Após se reunir com ativistas da luta pela emancipação da mulher, que o alertaram para a negligência do Poder Público, ele denuncia: "Quase não existe política pública de mulher em nossa cidade. As mulheres continuam sofrendo estupros e agressões... O assédio (sexual e moral) no trabalho é constante. E a cultura machista que ainda existe em nossa sociedade admite essas arbitrariedades". 

Além da instalação da delegacia 24h, "com núcleo humanizado de funcionária, como psicólogas, assistentes sociais, onde a mulher se sinta acolhida", Marquito defende outra bandeira fundamental: "a destinação de um hospital público que estimule o parto normal de forma humanizada". Esquecida pela Prefeitura, Marquito lembra que "a Casa das Anas, idealizada para reintegrar a mulher vitimada à sociedade, não vem funcionando à contento". Trata-se de uma casa que funciona como abrigo às mulheres vítimas de agressões.

Além disso, o ex-presidente do Sindicato dos Urbanitários de Santos sabe que é necessário fortalecer e criar espaços de participação feminina e discussão de políticas públicas, com vistas à maior integração da mulher nos espaços de poder na sociedade. 

Assista ao vídeo:

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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Portal Vermelho: Mobilizar o povo pelo plebiscito e derrotar o golpe da direita

Editorial do Portal Vermelho (10/08)

O golpe midiático-judicial-parlamentar deu mais um passo na madrugada desta quarta-feira (10) quando o Senado aprovou a continuação do processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.

A aprovação do relatório fraudulento do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) desmascara o golpe e revela com mais força a natureza puramente política, e em nada jurídica, do afastamento da presidenta legítima e inocente.

Os golpistas atuam para impor seu programa antidemocrático, antipopular e antinacional, rejeitado em todas as eleições presidenciais desde 2002.

Impotentes para alcançar os votos populares necessários para seu projeto regressista recorrem ao voto indireto de uma ocasional maioria conservadora na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para impor seus privilégios e eliminar o projeto de mudanças sociais profundas liderado por Lula e Dilma, nos últimos 12 anos.

O disfarce legalista do golpe oculta a disputa essencial que ocorre pelo controle do Estado brasileiro e seus recursos. Foi uma decisão, diz Luciana Santos, presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil, “à margem do Estado Democrático de Direito”, que deixou patente no desenrolar dessa escalada reacionária que “a presidenta eleita Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade”.

É preciso frisar que a luta por um modelo desenvolvimentista, democrático e nacional que reduz as desigualdades sociais, promove os direitos sociais e políticos e defende a soberana do país já é histórica no Brasil.

Ele bate de frente com o tradicional modelo conservador, hoje chamado de neoliberal, que privilegia a elite atrasada e rentista, o grande capital especulativo, abocanha os recursos do Estado brasileiro e se rende ao imperialismo, sobretudo dos EUA, entregando sem cerimônias o controle das grandes riquezas brasileiras, como ocorre hoje com o pré-sal.

O movimento reacionário precisa ser compreendido num quadro mais amplo em que há pressa na ação contra Dilma Rousseff e lentidão no julgamento do indefectível deputado Eduardo Cunha, contra quem se acumulam acusações extremamente graves mas que desperta o temor dos golpistas devido a revelações comprometedoras que poderia fazer contra o vice-presidente usurpador Michel Temer e demais capitães do golpe.

A luta de classes, que está nas ruas, nas manifestações populares que se repetem contra os golpistas, está presente também no Congresso Nacional.

A resistência contra o golpe vai se aprofundar com continuidade da mobilização dos democratas e progressistas, do povo brasileiro, contra o golpe. E em defesa do plebiscito para a convocação de novas eleições diretas para presidente, que é instrumento de mobilização de amplos setores da sociedade e indica que a escalada golpista pode ser barrada. O caminho para reunificar o país e recolocá-lo no rumo do desenvolvimento passa pela consulta ao povo e pela resistência constante contra o golpe de Estado antidemocrático, antipopular e antinacional.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Com a presença de Lula, PCdoB lança candidatura de Carina em Santos

Foto: Mídia Ninja
O PCdoB homologou na noite desta quinta-feira (4) a candidatura da estudante Carina Vitral à Prefeitura da maior cidade do litoral paulista, Santos. Com uma instalação moderna e colorida, o evento lotou o auditório da sede do Sindicato dos Trabalhadores Administrativos em Capatazia (Sindaport . Cerca de 1200 lideranças participaram do ato.

Com o mote “Um novo futuro para Santos”, Carina ressaltou que sua candidatura é séria e com muitas chances de vitória. “Nós não nos candidatamos para cumprir tabela. Nós viemos para vencer, viemos para oferecermos um debate para a sociedade e uma alternativa para Santos”, disse.

O ato contou com a presença lideranças sociais e políticas, simpatizantes da candidatura, entre elas o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o presidente estadual do PCdoB de SP, o deputado federal Orlando Silva, o presidente do PT de SP, Emídio Souza, o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, e a ex-prefeita de Santos Telma de Souza. Além de diversas lideranças do movimento estudantil e dirigentes do PT e PCdoB.

Em sua fala, Carina agradeceu o apoio e a força da militância que abraçou o projeto da candidatura para ajudar a cidade. “Nós temos ideias boas, ideias renovadas e uma militância aguerrida que vai percorrer toda a cidade para construir esse futuro junto com a gente”, destacou a candidata.

O ato contou com a presença lideranças sociais e políticas, simpatizantes da candidatura, entre elas o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o presidente estadual do PCdoB de SP, o deputado federal Orlando Silva, o presidente do PT de SP, Emídio Souza, o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, e a ex-prefeita de Santos Telma de Souza. Além de diversas lideranças do movimento estudantil e dirigentes do PT e PCdoB.

Em sua fala, Carina agradeceu o apoio e a força da militância que abraçou o projeto da candidatura para ajudar a cidade. “Nós temos ideias boas, ideias renovadas e uma militância aguerrida que vai percorrer toda a cidade para construir esse futuro junto com a gente”, destacou a candidata.

O ex-presidente Lula fez um discurso em torno de 30 minutos, deu conselhos, falou que a elite brasileira, desde o descobrimento, nunca se preocupou em promover o estudo para os mais pobres, destacou a falta de universidades e escolas técnicas públicas e de qualidade no Brasil antes do seu governo, arrancou risadas do público, mas também falou sério. Ressaltou que seu governo foi o que mais criou universidades no país, com investimentos na ordem de R$ 41 bilhões.

“Passamos de três para oito milhões de universitários e isso incomoda e jamais se esperava de um presidente que não teve oportunidade de cursar o ensino superior”, disse Lula.

Para o ex-presidente, os governos anteriores nunca se preocuparam com a educação, “que o povo tivesse acesso, que o pobre se formasse”. Para eles, disse Lula, “nós, pobres éramos cidadãos de terceira categoria. O que eu queria dizer com isso é que para você incentivar a educação neste país, não precisa ser doutor ou ter diploma universitário, tem que ter compromisso de classe, ter sentimento e querer mudança”, enfatizou.

“Não tenho medo que façam comparação dos últimos 13 anos com os anteriores, seja pelas conquistas sociais, seja com o tratamento com o portador de deficiência, seja com os negros e negras, seja com os companheiros do movimento LGBT, seja com os quilombolas, seja com quem quiser. Eu topo fazer comparação histórica com eles [oposição]. E acho que ainda fizemos pouco”, apontou.

Descontraído, Lula parabenizou a candidata e a aconselhou a uma avaliação criteriosa sobre a composição do seu “futuro governo”. “Nunca deixe a máquina te dominar e nunca coloque no governo alguém que você não possa tirar”, finalizou Lula, pedindo a todos a apoiarem a candidatura da jovem comunista.

Com quase 325 mil eleitores, a cidade portuária de Santos está entre os 50 maiores colégios eleitorais do Brasil (42º, segundo dados do TSE da última eleição - 2014). O atual prefeito de Santos, Paulo Alexandre, do PSDB, tem 37 anos e é candidato à reeleição numa chapa-pura tucana. Criticado pela falta de iniciativas na administração da cidade, o prefeito cita a crise econômica internacional.

A candidata


Nascida em Santos há 28 anos, Carina Vitral é estudante de Economia na PUC-SP e atual presidenta da União Nacional dos Estudantes. Apesar de sua larga experiência como líder estudantil, é a primeira vez que ela disputa um cargo no Executivo. Antes de chegar à Presidência da UNE, Carina foi presidenta da União Estadual dos Estudantes de São Paulo.

Chapa


A convenção do PCdoB em Santos aprovou como vice na chapa o professor Reinaldo Martins, do Partido dos Trabalhadores (PT), que já foi vereador da cidade. Foi lançada ainda a chapa de vereadores, formada por 14 candidatos petistas e 3 do PCdoB.



Do Portal Vermelho, Eliz Brandão

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Carina: ocupar a cidade é ocupar a política

Por que sou pré-candidata a Prefeita de Santos




Os acontecimentos daquele emblemático mês de junho de 2013 no Brasil, com a jornada histórica de manifestações por mais direitos, tiveram início a partir de um tema bem específico da vida cotidiana das cidades: o preço das passagens do transporte público. Além disso, esse é um tema tradicionalmente ligado aos movimentos de juventude, que reivindicam há décadas o passe livre como forma de garantir o acesso dos jovens à escola, à cultura, à inclusão nos espaços públicos. 

Com o desenrolar das manifestações, outra pauta entrou em cena: a insatisfação com a representação política tradicional no país, dominada sempre pelos mesmos personagens. No sistema político brasileiro faltam mulheres, faltam jovens, faltam negros, falta a população LGBT, faltam exatamente aqueles que compõem as classes populares, a grande maioria das brasileiras e brasileiros. Agora, três anos depois daquele junho e com diversos outros acontecimentos da vida nacional, chegou a hora daqueles jovens ocuparem, além das ruas, a política tradicional, para fazer valer essa transformação.

É isso que buscamos, por exemplo, na nossa pré-candidatura à prefeitura de Santos, a cidade em que nasci e cresci, na qual conheci os meus primeiros movimentos de juventude, as primeiras ações coletivas, a força das mobilizações populares para a transformação da realidade. A nossa geração, de 2013, está querendo participar em todos os espaços, com a certeza de ter a sensibilidade, a rebeldia e a ousadia necessárias para fazer diferente do que aí está. Não há como esperar que o atual modelo da nossa política se transforme sozinho, sem a nossa participação, sem a nossa presença nos lugares que pertenceram, historicamente, somente a eles. 

Porém, não é fácil decidir ser uma jovem prefeita. Ainda vivemos, infelizmente, em uma sociedade cravada de diversos preconceitos em relação à idade, ao gênero, à aparência das pessoas. Há ainda quem acredite que o jovem não está pronto para um desafio como esse, mas a verdade é que enfrentamos desafios iguais ou até maiores nas lutas cotidianas pela educação, pela democracia, pelo desenvolvimento nacional. Foi assim que, nos últimos anos, conseguimos a partir da UNE a conquista do Plano Nacional de Educação, as cotas, o Prouni e o Reuni, o Pré-Sal para a educação, o Estatuto da Juventude. 

Foi assim que, enquanto estive presidenta da União dos Estudantes Estaduais de São Paulo, conquistamos o Passe Livre estudantil na capital, garantindo o acesso ao direito de ir e vir aos jovens, para que possam estudar, trabalhar, usufruir da cultura, do esporte, exercer a sua cidadania. Essas são lutas que começam nas ruas, nas manifestações, mas que precisam urgentemente ganhar a política institucional, as prefeituras, as câmaras de vereadores, para se afirmarem em políticas de estado. Não há quem conheça melhor esses assuntos do que a própria juventude, que sofre diariamente a carência dessas iniciativas. 

Por isso, nosso projeto é por cidades mais humanas, com trocas e intercâmbios positivos, com oportunidades para todos, inclusão e combate às desigualdades. Queremos resignificar o espaço público, diminuindo a distância entre as pessoas, promovendo a qualidade de vida e a mobilidade de ideias. Queremos uma nova lógica de deslocamento, ciclovias para as bicicletas, ônibus e metrôs de qualidade, menos carros em algumas regiões, um cenário mais agradável, vivo, sustentável. Queremos uma cidade com mais diversidade, tolerância, que esteja pronta para garantir todos os direitos de sua população, uma cidade prevenida para combater o machismo, o racismo, a LGBTfobia. 

O Brasil vive um momento grave de crise política e de afronta à sua democracia, a partir do processo ilegítimo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Estão em jogo os avanços de projetos sociais, de políticas que trouxeram novas perspectivas para a população menos favorecida e principalmente para a juventude. Se não enfrentarmos esse momento de forma incisiva, com todos os nossos recursos, teremos o risco de um grande retrocesso. Ocupar a política é um imperativo, é uma forma de chegarmos onde não querem que cheguemos, é uma forma de resistir e planejar um novo futuro. Vamos em frente. 

Saudações estudantis,

Carina Vitral 
Presidenta
União Nacional dos Estudantes


Fonte: Coluna da Carina Vitral (Blog Conversa Afiada)