quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Partido realizará panfletagem neste domingo (26/01), 468º Aniversário da Cidade

O Comitê Municipal do PCdoB de Santos fará uma ação política neste domingo (26/01), Aniversário de 468 anos da Cidade. Seus quadros e militantes distribuirão à população santista folhetos contendo breve texto de saudação aos trabalhadores pela data e a posicionamento dos comunistas do PCdoB a respeito da gestão do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) até o momento. 

Por isso, convocamos nossa militância e amigos a participar dessa panfletagem, com bandeiras e camisetas.

A concentração será na Sede do Partido (Avenida Vereador Álvaro Gumarães, 103  – Jardim Rádio Clube - em frente ao Sacolão), a partir das 10h. Trajeto a definir.   


Mais informações:

Carlos André Conceição Alves, 
Secretário de Comunicação: 
(13)  991665879

PCdoB de Santos parabeniza desde já os trabalhadores pelo 468º Aniversário da Cidade (26/01)

O próximo domingo (26/01) é um dia especial para nossa cidade, que completa seus 468 anos de existência, e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), por meio desta mensagem, antes de tudo saúda os trabalhadores e trabalhadoras de Santos, porque são vocês que produzem as riquezas e fazem essa cidade “andar” no dia-a-dia. 


A cidade de Santos é conhecida por ter o maior porto da América Latina, o maior jardim de orla de praia do mundo e por ser a cidade que tem o 6º melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal no Brasil. Com a descoberta da camada de pré-sal abriram-se novas possibilidades de desenvolvimento para a cidade, que é a maior de todo o litoral paulista e tem grande influência em toda a região. Mas esses atributos não podem servir de “cortina de fumaça” para os problemas. 

No ano passado, o PCdoB já mostrava que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) não representava a esperança de dias melhores para Santos, ao contrário do que a propaganda eleitoral transmitia. Mal completavam cem dias de governo e, em vários setores, já eram claros os sinais de frustração das expectativas:

Em campanha, Barbosa prometeu melhorar as condições de trabalho dos servidores para, assim, melhorar a qualidade dos serviços públicos. O que ele fez? Ofereceu só 1,5% de aumento de salário, o que resultou em greve geral dos servidores municipais (a primeira em quase 20 anos). Na Saúde, nada de ações mais concretas de combate à dengue e nada da reabertura do Hospital dos Estivadores. No transporte público, a promessa era acabar com a dupla função dos motoristas, mas, ao invés de trazer os cobradores de volta aos ônibus, ele tenta proibir o pagamento da passagem em dinheiro, impondo a obrigatoriedade do cartão magnético. Na Cultura, o Carnaval acabou em confusões e mortes. 

Mas a lista de falta de compromisso com o povo santista não pára por aqui.

Eis que o governo do PSDB tira da cartola o projeto das Organizações Sociais (OS), que nada mais é do que entregar nas mãos de instituições privadas a execução dos serviços públicos. E mais: Colocando dinheiro público nessas entidades e sem possibilidade de fiscalização pela sociedade do uso desse dinheiro. Isso é privatização disfarçada! Por que não houve antes debate com a sociedade? 

Este é o jeito tucano de governar, atropelando a democracia, ignorando a vontade popular e desconsiderando a participação dos munícipes, como no caso das desapropriações no Macuco. Também o projeto do VLT atesta a incompetência de gestão e o favorecimento aos interesses privados, prejudicando toda a população e desperdiçando milhões do dinheiro público.

Chegou o momento de fazer uma ruptura definitiva com esta maneira de fazer política!

Os mais de 90 anos de dedicação às lutas dos trabalhadores empurram o PCdoB no sentido do reforço de sua posição contra esse governo e de defesa dos interesses do povo santista. 

Por isso tudo, conclama mais uma vez a todos que lutam por uma Santos avançada, com democracia e progresso social para os trabalhadores, a se unirem na cobrança de melhores condições de vida e trabalho e contra medidas que impliquem na precarização dos serviços públicos, redução de direitos e perda de qualidade de vida da população.





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O rolezinho e a infelicidade programada

Maurício de Araújo Zomignani


Meados dos anos 70 e os estúdios Hanna Barbera apresentaram uma série de desenho animado reunindo personagens, como: Pepe Legal, Dom Pixote, Pop pai e Pop filho, Leão da Montanha, Zé Colméia e Catatau. Chamava-se a Arca do Zé Colméia e o enredo girava em torno de viagens realizadas pela turma, que passava o tempo olhando a paisagem e se divertindo numa arca de Noé que voava, exceção ao personagem Maguila, um enorme gorila que ficava o tempo todo no porão. Ocorre que a embarcação toda se movimentava através de uma hélice cujo motor era uma esteira rolante, sobre a qual ficava o gorila, tendo à sua frente um vistoso cacho de bananas que, buscado e jamais alcançado, fazia mover toda a engrenagem.

Para além da diversão, o desenho ajuda a pensar o funcionamento da sociedade, ainda mais em tempos de rolezinho, fenômeno social no qual jovens da periferia de São Paulo têm invadido às centenas shopping centers de luxo causando pavor a consumidores, lojistas e preocupação à Segurança Pública. É claro que eles têm que se preocupar: como poderiam se sentir os personagens do desenho se, de repente, o Maguila simplesmente subisse ao convés? No desenho, isso jamais aconteceu.

Mas o Maguila somos nós. As bananas, é claro, são a felicidade que nos é prometida através do consumo mas, assim como o motor à gasolina é chamado de motor à explosão por ser através da explosão controlada que é gerada a energia, o que move a sociedade é um motor à insatisfação. Nós movimentamos toda a sociedade pelo consumo, o qual, centrado apenas nas necessidades objetivas dos seres humanos, logo se percebeu, não seria suficiente para movimentar a ganância dos personagens sociais que querem viajar e divertir-se apropriando-se do sacrifício da massa de Maguilas. Foi assim que surgiu a necessidade da propaganda, que incute permanentemente novas necessidades, e a obsolescência programada.

A obsolescência programada é uma estratégia de mercado surgida nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar ou tornem-se obsoletos em um curto espaço de tempo, tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por mais modernos.

Acontece que os magos da manipulação das massas não conseguiram prever o óbvio. Se durante séculos nós Maguilas, hipnotizados pelas bananas, nada mais conseguimos fazer senão correr atrás delas, a revolução da comunicação ocorrida nas últimas décadas, e o acúmulo de insatisfação, tem gerado gorilas que estão resolvendo descer da esteira rolante, pegar o cacho inteiro e invadir o andar superior para curtir a paisagem, não importa o que aconteça com a Arca.

Discute-se apenas estratégias de repressão, no máximo denuncia-se a urgência de uma Política de Juventude. Será que não é hora dos personagens repensarem a Arca, projetar uma engrenagem que, ao invés da ilusão de satisfação para alguns com base na insatisfação de muitos pense numa sociedade realmente para todos?

Maurício de Araújo Zomignani é assistente social.